Origem de campo vulcânico massivo é descoberta na Austrália

© REUTERS / Jorge SilvaVista aérea do vulcão Whakaari, na Nova Zelândia
Vista aérea do vulcão Whakaari, na Nova Zelândia - Sputnik Brasil
Nos siga no
Os pesquisadores asseguram que os vulcões nesta região, por suas características, não pertencem a nenhum dos três principais grupos de vulcões.

Um grupo de cientistas australianos e neozelandeses encontrou uma nova evidência científica dos processos geológicos, desconhecidos até agora, que deram origem ao campo vulcânico massivo localizado no leste da Austrália e no fundo do mar da Tasmânia.

De acordo com os autores do estudo, publicado recentemente na revista Science, estes vulcões não pertencem a nenhum dos principais três grupos de vulcões: os localizados em grandes ilhas oceânicas como Samoa, os vulcões explosivos do anel de fogo e os vulcões oceânicos das cordilheiras no mar alto.

© CC-BY-NC 4.0 / Bem Mather / Map of volcanism in the Australia-Zealandia domain (cropped image)Mapa da atividade vulcânica na Austrália e Nova Zelândia
Origem de campo vulcânico massivo é descoberta na Austrália - Sputnik Brasil
Mapa da atividade vulcânica na Austrália e Nova Zelândia

Durante a pesquisa, foram utilizadas reconstruções computadorizadas para simular os movimentos das placas tectônicas no passado, bem como para determinar as características químicas das raízes vulcânicas. O objetivo era entender a origem das centenas de erupções ao longo da costa oriental australiana e do mar da Tasmânia, particularmente durante os últimos picos de atividade vulcânica, ocorrida entre 20 milhões e dois milhões de anos atrás.

© CC-BY-NC 4.0 / Bem Mather / Conceptual geodynamic model of intraplate volcanism (cropped image)Modelo geodinâmico da interação das placas tectônicas
Origem de campo vulcânico massivo é descoberta na Austrália - Sputnik Brasil
Modelo geodinâmico da interação das placas tectônicas

Os resultados sugerem que as erupções ocorrem devido ao fato de o fundo marinho da placa do Pacífico estar sendo empurrado para baixo da placa australiana, em um processo chamado subducção.

"Quando uma placa afunda debaixo de outra, em seu caminho até o interior da Terra, a crosta oceânica se rompe e se deforma sob uma pressão e temperatura extremas", segundo o estudo.

Os restos da crosta se acumulam em uma área conhecida como Zona de Transição do Manto, a uma profundidade de 400-600 quilômetros, e caso regressem à superfície, podem se fundir para criar novos vulcões e erupções.

"Nossa pesquisa mostra que, quando a placa se encaixou nesta zona de transição de infusão da crosta, partes da crosta antiga foram empurradas para cima durante as últimas dezenas de milhões de anos [...]. Este efeito dominó da Terra profunda é a razão de nossos vulcões. Agora sabemos que estes vulcões foram formados por uma explosão de material das profundezas da Terra, que ocorre debaixo do fundo oceânico", afirmou o coautor do estudo, Oliver Nebel.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала