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Bolsonaro revela que Queiroz pagava contas para ele: 'Era de confiança'

© REUTERS / Adriano MachadoPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, 26 de novembro de 2020
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, 26 de novembro de 2020  - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15) que Fabrício Queiroz era de "confiança" e costumava fazer pagamentos pessoais para ele. 

Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público como operador de um esquema de corrupção quando era ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O filho do presidente também é apontado pelo MP como líder do grupo que realizava prática conhecida como rachadinha. 

O atual senador foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro

Segundo o presidente, Queiroz pagava contas para ele e era de "confiança". 

"Vamos apurar? Vamos, mas cada um com a sua devida estatura, e não massacrar o tempo todo, como massacram a minha esposa, quando falei desde o começo que aqueles cheques do Queiroz ao longo de dez anos foram para mim, não foram para ela. Eu dava 89... divide aí, Datena. R$ 89 mil por dez anos, dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus! Pelo amor de Deus! R$ 750 por mês. O Queiroz pagava conta minha também. Era de confiança, tá?" disse Bolsonaro em entrevista para a Band. 

Queiroz é 'injustiçado'

De acordo com dados da investigação do MP, Queiroz e sua esposa, Marcia Aguiar, repassaram R$ 89 mil, por meio de 21 cheques, para conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, entre os anos de 2011 e 2016. 

Bolsonaro disse ainda que não tem conversado com Queiroz, mas considerou ele um "injustiçado". O presidente afirmou também que "parece que o maior bandido da face da Terra é o senhor Flávio Bolsonaro". 

"Desde quando instaurou o processo, eu não tenho conversado com ele. Agora, ele tá sendo injustiçado também. Por que? Tem que ser investigado e dar a devida pena se for culpado, e não prender a esposa... Quebraram o sigilo de mais de 90 pessoas, não tem cabimento isso. Parece que o maior bandido da face da terra é o senhor Flávio Bolsonaro", disse.

'Me atingir politicamente'

O presidente argumentou que a investigação sobre o caso de corrupção que envolve Queiroz e seu filho tem interesses políticos. 

"Se tem a sua culpa [de Flávio], que se apure e se puna, mas não dessa forma, tentando me atingir politicamente em todo o momento", justificou. 

Apesar de Queiroz ter faltado depoimento marcado no MP por duas vezes, Bolsonaro disse que não haveria interesse em ouvir sua versão. 

"A questão do Queiroz, tá? O Queiroz, eu conheço ele há 30 anos, foi meu soldado na Brigada Paraquedista, nunca tive problema com ele. Daí aconteceu esse caso. Até hoje, ele não foi ouvido ainda. E é lógico, porque parece que não interessa ouvir, interessa é ficar desgastando, ficar sangrando, o tempo todo agindo dessa maneira", afirmou. 

Caso Abin

Bolsonaro também se defendeu das acusações de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria produzido relatórios para ajudar a defesa de Flávio.

"Você vê essa questão aí da Abin. Estive com o general Heleno [Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional] e perguntei: 'Alguma coisa foi feita?'. Ele falou: 'Não'. Como na semana passada, retrasada, falaram que eu queria interferir na Receita Federal. A Receita Federal, se vazou alguma coisa, não tem mais nada o que vazar agora, já está tudo vazado", disse. 
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