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São Paulo anuncia medidas contra COVID-19 e amplia número de leitos de UTI

© Folhapress / Jeronimo Gonzalez/Photo Press/Folhapress) Movimentação de pessoas pela Rua 25 de Março, região central de São Paulo, na sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
 Movimentação de pessoas pela Rua 25 de Março, região central de São Paulo, na sexta-feira, 11 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil
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Bares passam a fechar às 20 horas, restaurantes só podem vender bebida alcóolica até esse horário e shoppings ganham mais duas horas de funcionamento para evitar aglomerações.

O estado de São Paulo tem novas regras no combate à COVID-19 a partir deste sábado (12).

O governo paulista anunciou na sexta-feira (11) a redução do horário de funcionamento de bares e a ampliação do horário de operação de lojas e shoppings para tentar conter o avanço de casos de coronavírus, informou o site G1.

Bares, que antes podiam funcionar até as 22 horas, terão que fechar duas horas antes. Os restaurantes e lojas de conveniência vão continuar abertos até este mesmo horário, mas terão que parar de servir bebidas alcoólicas às 20 horas. O horário de funcionamento dos shoppings será ampliado de dez para 12 horas para evitar aglomerações nas compras de fim de ano.

As informações foram dadas pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, em entrevista coletiva. As medidas terão período de validade de 30 dias, prazo que pode ser prorrogado.

O anúncio do governo acontece em um momento em que o estado de São Paulo apresenta aumento de internações, casos e mortes pela COVID-19. 

Mas o governo paulista manteve a classificação com nível de "fase amarela" das condições da COVID-19 no estado. 

"O Centro de Contingência apresentou ao governo suas sugestões baseadas em evidências. Há um consenso entre mais de 500 epidemiologistas do mundo, que consideram que os bares e eventos noturnos são os locais mais propícios para a transmissão do vírus. Então é nessa questão do lazer noturno, que envolve bares, restaurantes, casas noturnas, festas, que o Centro detectou uma necessidade de medidas mais duras", afirmou João Gabbardo, diretor-executivo do Centro de Contingência contra o Coronavírus.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, também reforçou as razões para as novas decisões.

"Nós vimos que era muito importante realizar um ajuste na 'fase amarela' para expansão do funcionamento do comércio de dez para 12 horas, mantendo a capacidade de 40%. Foi uma decisão técnica entre saúde e comércio para que possamos atender a necessidade de maior espaçamento entre as pessoas, evitar aglomerações, para que todos possam ter suas necessidades atendidas agora no fim do ano, mas com responsabilidade, com segurança", disse ela.

Os números de São Paulo

O estado apresenta tendência de alta nas mortes por COVID-19 há sete dias seguidos. Nesta sexta-feira (11), o número total de falecimentos chegou a 43.802 e o de casos confirmados a 1.325.162.

A média móvel diária de mortes, que considera o registro dos últimos sete dias, foi de 145 nesta sexta-feira (11). O valor é 28% maior ao registrado há 14 dias o que, para especialistas, indica tendência de alta. Já a média móvel diária de casos é de 7.002, valor 50% maior do que o registrado há 14 dias.

Segundo o governo estadual, as novas internações por suspeita ou confirmação de COVID-19 também continuam aumentando. A taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 64,4% na Grande São Paulo e a 58,4% na sexta-feira (11). No entanto, diversas cidades do estado já registram taxa de ocupação dos leitos de UTI superior a 80%.

O governo afirmou que vai ampliar em dois mil o número de novos leitos destinados para pacientes com a doença.

"Uma notícia importante é a manutenção, a garantia de dois mil leitos de UTI do Sistema Único de Saúde para esse enfrentamento. Lembrando que no momento pré-pandemia, a secretaria de Saúde contava com 3,5 mil leitos de UTI. Este número foi ampliado para 8,5 mil, 140% de aumento. Sendo que destes 8,5 mil leitos, dois mil não estão habilitados pelo ministério da Saúde. Então o anúncio do governo de São Paulo hoje [sexta-feira (11)] é que ele garantirá o funcionamento desses dois mil leitos para atendimento dos pacientes com a COVID-19", disse Eduardo Ribeiro, secretário-executivo da Saúde.
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