Mãe dá à luz, mas é entubada a seguir e morre de COVID-19 antes de conhecer o próprio filho

© REUTERS / Ivan Pierre AguirreCadáveres de vítimas da COVID-19 estocados em caminhões frigoríficos na cidade de El Paso, Texas, EUA, 23 de novembro de 2020
Cadáveres de vítimas da COVID-19 estocados em caminhões frigoríficos na cidade de El Paso, Texas, EUA, 23 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil
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Erika Becerra contraiu a doença aos oito meses de gravidez. Diego nasceu em boas condições, mas ela teve dificuldades respiratórias e faleceu três semanas depois.

Uma mãe que contraiu a COVID-19 durante a gravidez deu à luz um bebê saudável, mas morreu antes de segurar seu filho nos braços, informou a rede de TV a cabo CNN nesta terça-feia (8).

Erika Becerra estava grávida de oito meses quando foi diagnosticada com o novo coronavírus. Em novembro, nasceu seu menino chamado Diego.

Mas após o parto normal em Detroit, estado norte-americano de Michigan, ela foi imediatamente entubada porque tinha dificuldades para respirar. Três semanas mais tarde, no dia 3 de dezembro, ela morreu.

Erika, de 33 anos, foi uma das 15.658 vítimas fatais da COVID-19 nos últimos sete dias na semana mais mortal do coronavírus desde abril nos Estados Unidos. Pelo sexto dia consecutivo, cerca de 100 mil pessoas estão sendo tratadas contra o vírus em hospitais de todo o país.

"Erica foi a pessoa mais maravilhosa que você poderia conhecer. Para ela, a felicidade de outras pessoas era a sua felicidade", disse seu irmão Michael Avilez.

A família de Erika viajou de Los Angeles para Detroit, onde ela vivia com seu marido e sua filha de um ano de idade.

Ela seguia as regras

Erika não estava preocupada em engravidar durante a pandemia, de acordo com Michael. Ele disse que a irmã não sairia e que, se saísse, sempre usaria uma máscara e limparia as mãos após tocar em superfícies.

"Ela seguiu todas as regras e ainda assim acabou pegando a doença e é triste. Você tem muita gente que não entende o que está acontecendo. Todos pensam que é uma piada até que isso aconteça com eles ou com um membro de suas famílias", desabafou Michael.

Ele disse que Erika gostaria que Michael continuasse compartilhando sua história na esperança de ajudar outra pessoa a entender a força do vírus.

Em novembro, ela passou um fim de semana no hospital após ter contrações, mas quando chegou em casa começou a ter dificuldade para respirar e para se movimentar.

Três dias depois, uma ambulância a levou ao hospital e na sexta-feira (13 de novembro), os médicos decidiram induzir seu trabalho de parto porque sua saúde "não estava melhorando", explicou Michael. No domingo (15), nasceu Diego.

"Logo após ela ter dado à luz, eles a colocaram em um tubo porque seu corpo não estava mais retendo oxigênio e depois disso ela não pôde conhecer seu bebê recém-nascido", disse o irmão.

Erika ficou em um ventilador até 3 de dezembro quando não resistiu ao vírus.

"Nos últimos momentos, ela estava arrasada. Eu sei que ela nos ouviu enquanto rezávamos por ela, conversávamos com ela e a consolávamos nos últimos momentos", disse ele.

Saúde boa

Erika não tinha nenhuma condição adversa de saúde. Michael comentou que seu cunhado, sobrinha e Diego testaram negativo para a COVID-19.

Para ajudar nas despesas do funeral, a família a GoFundMe, uma plataforma que permite às pessoas arrecadar dinheiro para eventos que vão desde nascimentos, comemorações e formaturas até circunstâncias desafiadoras, como acidente, doenças e mortes.

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