Especialista explica se é possível contrair COVID-19 durante vacinação com Sputnik V

© Sputnik / Acessar o banco de imagensVacinação de voluntários com a vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 na Bielorrússia
Vacinação de voluntários com a vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 na Bielorrússia - Sputnik Brasil
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Vadim Tarasov, diretor do Instituto de Medicina Translacional e Biotecnologia, explicou que é possível ficar infectado após se inocular, mas que isso seria resultado pelo fato da vacina ainda não ter criado imunidade.

Nenhum dos voluntários que participaram no verão dos ensaios clínicos das fases 1 e 2 da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, ficou doente, informou o Instituto de Medicina Translacional e Biotecnologia da Rússia, uma das entidades que organizou os testes.

"Passou meio ano desde que os testes foram realizados [...] falamos com eles [os voluntários], constantemente monitorando o estado de saúde [deles], e ninguém contraiu a doença", disse Vadim Tarasov, diretor do instituto.

Houveram mais de 20 casos em que as pessoas infectadas com a COVID-19 permaneceram com o vírus após a vacinação, mas a maioria não recebeu a segunda dose da vacina, e assim, não tiveram tempo para desenvolver a imunidade. Tarasov explicou que, após a vacinação, a imunidade é gerada no 42º dia, então se uma pessoa adoeceu no segundo dia, por exemplo, a vacina ainda não teve tempo suficiente para surtir efeito.

"Você não pode ser infectado [pela vacina], mas, por outro lado, a resposta do sistema imunológico é a mesma que a da própria COVID-19", acrescentou.

Os testes da vacina do Centro Gamaleya começaram em 18 de junho na Universidade Médica Ivan Sechenov, na Rússia, que também inclui o Instituto de Medicina Translacional e Biotecnologia.

Os testes envolveram 38 voluntários e provaram que a Sputnik V é segura. Todos os vacinados desenvolveram imunidade à COVID-19. O primeiro grupo de voluntários deixou o instituto em 15 de julho, e o segundo em 20 de julho.

Tarasov referiu que a vacina gera uma resposta imunológica no corpo humano semelhante à do coronavírus. A inoculação, que é baseada no adenovírus humano, usa vetores Ad26 e Ad5 e está sendo testada atualmente em mais de 40.000 voluntários na Rússia, Bielorrússia, Brasil, Índia, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

A Sputnik V foi a primeira vacina a ser registrada no mundo, em 11 de agosto.

Até agora, mais de 50 países compraram 1,2 bilhão de doses da Sputnik V, segundo o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), entidade que financiou o desenvolvimento da vacina.

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