Mistério astronômico centenário pode estar prestes a ser desvendado

© Foto / Pixabay / HyeonkijNebulosa (imagem referencial)
Nebulosa (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Novas observações revelam que o enigmático objeto astronômico, a nebulosa CK Vulpeculae, está mais distante e expeliu gás em velocidades superiores do que outras constatadas anteriormente.

O Observatório Internacional Gemini, que conta com a equipe liderada por Dipankar Banerjee do Laboratório de Pesquisa Física Ahmedabad, na Índia e Tom Geballe, do Observatório Gemini e Nye Evans da Universidade Keele, no Reino Unido, utilizou infravermelho para detectar alumínio radioativo no coração da CK Vulpeculae.

"A chave para nossa descoberta foram as medições GNIRS obtidas nas bordas externas da nebulosa [...]. A assinatura de átomos de ferro com desvio para o vermelho e azul detectados mostra que a nebulosa está expandindo mais rápido do que em observações anteriores", afirmou Geballe.

Banerjee explica que o gás está viajando em uma velocidade de aproximadamente sete milhões de quilômetros por hora.

Além disso, a equipe determinou que a CK Vulpeculae está, aproximadamente, 10.000 anos-luz do Sol, ou seja, cinco vezes mais distante do que se imaginava, segundo o portal Phys.org.

O visual da nebulosa CK Vulpeculae e as altas velocidades notadas pela equipe poderiam ajudar no reconhecimento de eventos semelhantes em nossa Via Láctea ou em galáxias externas.

Há 350 anos, o monge francês Anthelme Voituret, notou uma nova estrela brilhando na constelação de Vulpecula, que ganhou o nome de CK Vulpeculae, sendo considerada por muito tempo um evento astronômico decorrente de uma explosão em um sistema estelar binário.

Em 2015, uma equipe de astrônomos sugeriu que o surgimento da CK Vulpeculae foi resultado de duas estrelas que sofreram uma colisão cataclísmica. Em 2018, foi sugerido que uma fusão entre uma estrela anã marrom e uma estrela anã branca teria criado seu brilho.

"É difícil de explicar definitivamente ou convincentemente a origem da erupção da CK Vulpeculae em 1670 [...]. Mesmo 350 anos após a descoberta de Voituret, a natureza da explosão segue sendo um mistério", concluiu Banerjee.

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