Por que EUA enviam bombardeiros estratégicos para Oriente Médio?

© Foto / Sgt. técnico Emerson NuñezUm bombardeiro B-52 Stratofortress da Força Aérea dos EUA se afasta de um KC-135 da 100ª Ala de reabastecimento aéreo, no Reino Unido, após receber abastecimento durante uma missão do bombardeiro estratégico no dia 7 de maio de 2020
Um bombardeiro B-52 Stratofortress da Força Aérea dos EUA se afasta de um KC-135 da 100ª Ala de reabastecimento aéreo, no Reino Unido, após receber abastecimento durante uma missão do bombardeiro estratégico no dia 7 de maio de 2020 - Sputnik Brasil
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No contexto da retirada anunciada das tropas norte-americanas do Iraque e Afeganistão, o Comando Central dos EUA enviou seus bombardeiros estratégicos B-52 Stratofortress ao Oriente Médio.

Ilia Kramnik, especialista do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia, comentou a decisão ao jornal Kommersant:

"O objetivo principal do envio dos B-52H Stratofortress ao Oriente Médio é assustar o Irã, uma espécie de insinuação aos países da região sobre um possível uso de armas, apesar dos planos de reduzir o contingente militar".

O especialista opina que, apesar destes aviões estarem em serviço desde 1955, continuam sendo a principal ferramenta do Comando Estratégico dos EUA em tempos de paz.

"O enorme alcance de voo [tendo em conta o reabastecimento no ar] e a grande carga de munições dos mísseis de cruzeiros fazem destes aviões uma arma perfeita para o primeiro ataque em conflitos locais", enfatizou.

Em 22 de novembro, o Comando Central dos EUA (CENTCOM, na sigla em inglês) informou sobre o envio de bombardeiros estratégicos para a região para "conter a agressão e tranquilizar os parceiros e aliados dos Estados Unidos". É a primeira vez neste ano que os EUA enviam bombardeiros de longo alcance para o Oriente Médio.

© Giancarlo CasemUm B-52H Stratofortress pertencente ao 419º Esquadrão de Testes de Voo passando por procedimentos de preparação de voo na Base Aérea de Edwards, Califórnia
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Um B-52H Stratofortress pertencente ao 419º Esquadrão de Testes de Voo passando por procedimentos de preparação de voo na Base Aérea de Edwards, Califórnia

Em março deste ano, Washington começou a retirar gradualmente seu contingente militar da região. Em 17 de novembro, o secretário interino da Defesa dos EUA, Christopher Miller, anunciou planos para reduzir o número de tropas norte-americanas no Afeganistão e Iraque (a 2.500 militares em cada um dos países) até 15 de janeiro de 2021.

Ainda assim, apesar da redução de tropas, os Estados Unidos pretendem continuar a exercer pressão sobre Teerã, ao menos, enquanto a administração Trump permanecer na Casa Branca.

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