- Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

MP-RJ: mulher de Queiroz ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Alerj

© Tânia Rêgo / Agência BrasilO filho mais velho de Jair Bolsonaro, então deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, concede entrevista aos jornalistas em frente ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.
O filho mais velho de Jair Bolsonaro, então deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, concede entrevista aos jornalistas em frente ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. - Sputnik Brasil
Nos siga no
Valor teria sido desviado entre 2007 e 2017. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), R$ 868 mil teriam sido destinados para "rachadinha".

A mulher do ex-assessor Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no esquema das "rachadinhas", escreve o Estado de São Paulo nesta sexta-feira (20).

As informações foram apontadas pelo Ministério Público do Rio. A Promotoria estima ainda que, deste total, R$ 868 mil tenham abastecido a suposta organização criminosa liderada pelo filho do presidente.

Foram nas contas de Márcia que a investigação também descobriu seis cheques depositados em favor da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

© Foto / Reprodução / TwitterEx-PM Fabrício Queiroz (primeiro à dir.) ao lado de policiais militares e do seu ex-patrão, Flávio Bolsonaro (primeiro à esq.)
MP-RJ: mulher de Queiroz ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Alerj - Sputnik Brasil
Ex-PM Fabrício Queiroz (primeiro à dir.) ao lado de policiais militares e do seu ex-patrão, Flávio Bolsonaro (primeiro à esq.)
As transações totalizam R$ 17 mil e ocorreram em 2011. A denúncia oferecida contra Márcia, porém, não menciona os repasses à mulher do presidente.

O MP-RJ concluiu que Márcia fez parte do chamado "núcleo executivo" das "rachadinhas", composto por servidores fantasmas do gabinete de Flávio que recebiam o salário sem nunca bater ponto na Alerj.

Os pagamentos eram autorizados porque o chefe de gabinete do filho do presidente, Miguel Ângelo Braga Grillo, conhecido como Coronel Braga, validava a presença dos funcionários.

A denúncia aponta que esse "núcleo executivo" recebeu R$ 6,1 milhões da Alerj. Desse valor, R$ 2,079 milhões foram repassados diretamente a Queiroz.

© Folhapress / Barbara Dias / AgifGrafite em alusão ao suposto esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
MP-RJ: mulher de Queiroz ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Alerj - Sputnik Brasil
Grafite em alusão ao suposto esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
O MP-RJ diz que o dinheiro foi desviado por meio de 268 pagamentos feitos pela Alerj distribuídos nos 127 meses que Márcia supostamente atuou como "assessora fantasma" de Flávio Bolsonaro, de abril de 2007 a dezembro de 2017.

O que diz a defesa

Em nota enviada ao jornal que publicou as informações na manhã desta sexta-feira (20), os advogados de defesa de Flávio Bolsonaro, Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, classificaram as imputações do Ministério Público do Rio como "crônica macabra e mal engendrada".

Eles afirmaram que "todos os defeitos de forma e de fundo" da denúncia serão pontuados na formalização da defesa.

"Em função do segredo de Justiça, a defesa está impedida de comentar detalhes, mas garante que a denúncia contra Flávio Bolsonaro é insustentável. Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o senador se mostra inviável e não passa de uma crônica macabra e mal engendrada, influenciada por grupos que têm claros interesses políticos", conclui o comunicado.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала