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Bolsonaro recua de lista de compradores de madeira ilegal: 'Não vamos acusar nenhum país'

© Folhapress / Edmar Barros/Futura PressCaminhão com toras de madeira é visto na BR-230 em Humaitá (AM). Humaitá é uma das cidades do Amazonas que está em estado de emergência devido aos desmatamentos e queimadas
Caminhão com toras de madeira é visto na BR-230 em Humaitá (AM). Humaitá é uma das cidades do Amazonas que está em estado de emergência devido aos desmatamentos e queimadas - Sputnik Brasil
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Após afirmar que divulgaria os países que comprariam madeira extraída ilegal do Brasil, presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (19) que não iria acusar ninguém. 

Na terça-feira (17), durante Cúpula do BRICS, o chefe de Estado prometeu divulgar quais nações importariam madeira ilegal do país. Na ocasião, Bolsonaro se queixou de "ataques injustificáveis" à política ambiental do governo.

Na quarta-feira (18), diante de apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, ele disse que anunciaria essa lista em sua live semanal. 

Em transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (19) em suas redes sociais, Bolsonaro voltou atrás, focando críticas nos crimes praticados por empresas, mas sem citar nenhuma delas. 

"O assunto hoje aqui basicamente vai se resumir na questão de exploração de madeira legal e ilegal, e quais empresas de quais países é que importam essa madeira nossa. A gente não vai acusar nenhum país aqui de cometer nenhum crime ou ser conivente de um crime, mas empresas que poderiam estar nos ajudando a combater esse ilícito, que interessa para nós qualquer ajuda nesse sentido", disse o presidente no início da live. 

'Nomes das empresas e os países'

Em outro momento da transmissão, Bolsonaro afirmou que o governo tem os "nomes das empresas que importam isso e os países a que elas pertencem". 

"A gente não vai acusar o país A, B ou C de estar cometendo um crime. Mas empresas desses países, sim. Isso já está em processo. Isso vai se avolumar, no meu entender, ao ponto tal que se tornará não atrativo a importação de madeira ilegal", afirmou o presidente, ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça, e do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva.

Em determinado momento da transmissão, Bolsonaro diz que a França compra madeira do Brasil, mas não esclarece se a origem do produto seria ilegal. Ele afirmou ainda que o país europeu atrapalha as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. 

"Para a gente avançar no acordo com a União Europeia com o Mercosul, estamos fazendo o possível, mas a França em defesa própria nos atrapalha no tocante a isso aí", argumentou. 

Críticas por questões econômicas

Além disso, Bolsonaro disse mais uma vez que países criticam a política ambiental do Brasil por questões econômicas.

"É um grande jogo econômico que existe entre alguns países do mundo, em especial para nos atingir porque nós somos realmente potências no agronegócio, as commodities que vêm do campo, e eles querem exatamente diminuir a concorrência nossa", afirmou Bolsonaro.
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