Mídia: indústria de chips da China continuará crescendo e será semiautônoma nos próximos anos

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Várias tecnologias chaves facilitarão o crescimento da China no setor de semicondutores na luta do país pela autossuficiência tecnológica, informou o jornal South China Morning Post.

A China está preparada para facilitar inúmeras oportunidades em semicondutores domésticos para 5G, inteligência artificial (IA) e veículos autônomos e conectados, disseram na sexta-feira (6) funcionários da consultoria de contabilidade KPMG, citados pelo jornal South China Morning Post (SCMP).

"A pandemia da COVID-19 estimulou a demanda do mercado por chips 5G, chips de memória e produtos de semicondutores lógicos", disse Jamie Li, sócio do grupo integrado da indústria de inteligência de chips da KPMG em Xangai, à margem da Exposição de Importação Internacional da China (CIIE, na sigla em inglês) de 2020, conforme citado pelo SCMP na segunda-feira (9).

A primeira CIIE foi realizada em 2018, e teve como objetivo impulsionar a liberalização do comércio entre a China e os mercados globais, bem como facilitar o comércio e o crescimento econômico global como parte das reformas de mercado do governo chinês.

Li acrescentou que a indústria chinesa de fabricação de chips manteria um crescimento "sólido e contínuo" e se tornaria semiautônoma nos próximos anos, mas advertiu que seria irrealista alcançar a autossuficiência total em qualquer país.

"A China tem um enorme mercado consumidor para fazer com que as tecnologias provenientes de universidades e institutos de pesquisa se tornem realidade", disse o membro da KPMG.

O vice-presidente da organização, Gong Weili, disse que a China estava atingindo um estágio importante no progresso tecnológico, acrescentando: "Como fortalecer a inovação tecnológica e aumentar a competitividade geral é um foco amplo da indústria".

Antes disso, a KPMG divulgou sua lista Chiptech 50 de startups de semicondutores com potencial de crescimento devido a "boas patentes e produtos". Cerca de 70% estão sediadas na região do Delta do Rio Yangtze, consistindo em Xangai e as províncias de Jiangsu, Anhui e Zhejiang.

A maioria dos entrevistados na pesquisa da KPMG estavam otimistas sobre o mercado de semicondutores da China devido ao enorme mercado do país na indústria global de fabricação de chips, cita o SCMP.

© AP Photo / Olivia ZhangPessoas junto a loja Huawei na China
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Pessoas junto a loja Huawei na China

No entanto, apesar das perspectivas otimistas, o Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação advertiu que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, pode continuar as políticas da Trump através de uma abordagem multilateral e outras medidas.

"Apesar das declarações durante sua campanha ressaltando o impacto negativo das tarifas da Seção 301 da China, o presidente eleito Biden não indicou se ou quando a administração Biden-Harris as rescindiria".

"A administração Biden-Harris provavelmente se comprometeria novamente com aliados [dos Estados Unidos] a reprimir coletivamente as práticas comerciais desleais da China e as preocupações com a segurança das cadeias de abastecimento, em vez de utilizar tarifas unilaterais para tratar das preocupações com o déficit comercial de mercadorias dos Estados Unidos com a China", aponta a análise.

Crescimento dos chips na China

O Conselho de Estado da China planeja investir US$ 1,4 trilhão (R$ 7,83 trilhões) para impulsionar a produção nacional de tecnologias emergentes, incluindo semicondutores, IA, infraestrutura, tecnologias verdes e outras.

Pequim insistiu nas reformas em seu 14º plano quinquenal, em uma tentativa de reduzir a dependência de empresas de tecnologia estrangeiras.

Vários gigantes tecnológicos chineses como Huawei, Semiconductor Manufacturing International Corp, ZTE, TikTok da ByteDance e outros têm sido alvo da administração Trump, que citou riscos de segurança nacional e alegou que as empresas poderiam usar suas tecnologias para espionar para o governo chinês.

Pequim, Huawei, ZTE e ByteDance têm condenado repetida e veementemente as acusações como falsas.

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