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Sobe para 54% o número de alunos que se sentem desmotivados em estudar na pandemia, mostra pesquisa

© Folhapress / Jorge Hely/Frame Photo/FolhapressAlunos da rede estadual do Rio de Janeiro acessam a plataforma on-line com conteúdo de aulas com suporte gratuito e sem consumo de dados de internet do aluno possibilitando que ele estude em casa
Alunos da rede estadual do Rio de Janeiro acessam a plataforma on-line com conteúdo de aulas com suporte gratuito e sem consumo de dados de internet do aluno possibilitando que ele estude em casa   - Sputnik Brasil
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Resultado piorou e põe em discussão modelo de ano letivo a ser adotado em 2021 com possibilidade de aulas presenciais e remotas, diz especialista.

Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha mostra que o grau de desmotivação de alunos, por causa da pandemia, subiu oito pontos percentuais de agosto para setembro, informou nesta segunda-feira (9) o site G1. O número que era de 46% agora é de 54%, o mais alto registrado.

Feita a pedido da Fundação Lemann, do Itaú Social e da empresa filantrópica Imaginable Futures, a pesquisa ouviu 1.021 pais ou responsáveis de alunos de escolas públicas municipais e estaduais, de seis a 18 anos, entre 16 de setembro e 2 de outubro.

Há vários dados na pesquisa, mas o mais alarmante é o que envolve desgaste na atual realidade de ensino remoto por causa da COVID-19. Até porque ele só aumenta. Em maio, era de 46%. A dificuldade em se organizar para estudar em casa também aumentou de 58% para 68% no mesmo período.

A pesquisa aponta que em setembro 92% dos alunos receberam atividades para fazer em casa contra 74% em maio. O índice aumentou em todas as regiões do país, especialmente no Norte que passou de 52% em maio para 84% em setembro.

Apesar de o conteúdo estar chegando, não há motivação. O cansaço dos estudantes apontado na pesquisa indica o desafio para o ano letivo de 2021 que deverá ocorrer de forma híbrida com aulas remotas e presenciais podendo incluir rodízio dos alunos. Em 2020, o ensino foi praticamente remoto na maioria dos estados e municípios desde março e grande parte das escolas ainda não reabriu para aulas presenciais. Para o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, a pesquisa acende um alerta sobre a desistência escolar.

"Precisamos discutir quando a volta às aulas tem que se dar e como prever um ano letivo com foco em entender como cada criança chegou, oferecer apoio pedagógico para que crianças possam recuperar o que não aprenderam e que a gente foque o currículo dentro do mais essencial", afirmou.

A COVID-19 foi tema recorrente da pesquisa. Entre os entrevistados, 54% têm em casa pessoas do grupo de risco para o coronavírus.

Além disso, a maioria pode estar suscetível à infecção já que 82% afirmam que não tiveram contato com a doença. Outros 18% foram contaminados. 

Em relação à rotina de isolamento, a maior parte (44%) afirma estar em situação flexível, seguida por 33% que afirma viver de modo rigoroso e 14% de forma muito rigorosa.

Em outubro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um parecer que permitia a fusão dos anos letivos de 2020 e 2021 em um currículo adaptado e estendia a autorização das aulas remotas por mais um ano até dezembro de 2021. O parecer ainda não foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC).

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