Asteroide Bennu é oco por dentro e pode se manter girando até sua total desfragmentação

© AP Photo / NASA/Goddard/Universidade do ArizonaImagem artística mostra mapeamento do asteroide Bennu pela sonda da NASA OSIRIS-REx
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Os dados recolhidos no asteroide Bennu pela nave robótica OSIRIS-REx mostraram que o corpo celeste pode ser vazio por dentro, e que gira tão rápido que acabaria por se destruir em pedaços.

O asteroide Bennu foi o asteroide escolhido pela NASA para trazer análises de rochas espaciais através do pouso de uma sonda, sua superfície lisa permitiria um pouso perfeito. A grande surpresa foi que ao tocar o terreno a sonda encontrou uma superfície super macia, bem diferente do que imaginavam os pesquisadores quando se trata de rochas espaciais, conhecidas por sua rigidez, de acordo com o comunicado no site da Universidade do Colorado.

A maciez permitiu que poeira e rochas do corpo celeste se desintegrassem com mais facilidade, proporcionando abundância de material que foi coletado pela nave OSIRIS-Rex no seu retorno à Terra.

Com esse material os pesquisadores da Universidade do Colorado chegaram à conclusão, se baseando nos dados que a nave robótica recolheu nos últimos dois anos circulando pelo asteroide, que o corpo celeste podia ser vazio, segundo estudo publicado na revista cientifica Science Advances neste domingo (8).

"É como se estivesse vazio em seu centro, dentro do qual seria possível colocar dois campos de futebol", comentou Daniel Scheeres, professor do Departamento das Ciências da Engenharia Aeroespacial, chefe da pesquisa, citado no comunicado no site da Universidade do Colorado.

Além disso, o asteroide Bennu pode estar se desfazendo em pedaços.

Enquanto a sonda estava orbitando o Bennu, OSIRIS-REx mediu o quanto a gravidade do asteroide puxava a nave robótica. Ao mesmo tempo, Bennu estava jogando pedaços de rocha fora de sua superfície. Estas migalhas entravam na órbita ao redor do asteroide, depois de algumas delas caírem de volta em sua superfície.

Controlando estes movimentos, gerentes de missão eram capazes de calcular a força da gravidade. Como a gravidade vem da massa, os dados permitiram a equipe calcular o quanto de material que é distribuído dentro do asteroide.

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A força de giro do Bennu parece empurrar seu material para exterior de superfície. Algumas das partes mais finas ficam em seu equador saliente. Bennu completa uma rotação cada quatro horas e está ficando mais rápido.

"Pode imaginar que talvez dentro de um milhão de anos ou menos a coisa toda desapareça em pedaços", afirmou Scheeres.

A sonda OSIRIS-REx chegou ao asteroide em dezembro de 2018, tendo voado cerca de 321 milhões de quilômetros até o asteroide. Desde então, a nave robótica estudou o corpo celeste mais detalhadamente do que qualquer outro asteroide na história da exploração espacial.

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