Israel demole aldeia beduína na Cisjordânia, UE e ONU condenam

© AFP 2023 / JAAFAR ASHTIYEHPalestino observa estruturas de tendas palestinas destruídas por Israel na Cisjordânia
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ONU e União Europeia condenaram destruição de aldeia de beduínos na Cisjordânia por Israel, enquanto Tel Aviv afirma que construção era ilegal.

Ao total, cerca de 73 palestinos, incluindo 41 crianças, moravam no local demolido na terça-feira (3) no Vale do Jordão, na Cisjordânia.

Segundo o porta-voz da União Europeia, Peter Stano, a ação de Israel figura como "impedimento à solução de dois Estados", publicou o The Times of Israel a declaração do representante europeu.

"A União Europeia reitera seu apelo para Israel cessar tais demolições, incluindo de estruturas financiadas pela UE, em particular à luz do impacto humanitário da atual pandemia de coronavírus", disse Stano.

A condenação do ato de Israel também foi ecoada pela ONU.

Por sua vez, Israel afirma que a aldeia beduína foi construída ilegalmente em uma zona militar de exercício de tiro.

O local em questão, chamado de Khirbet Humsa, é uma das 38 comunidades beduínas em terrenos designados pelos militares israelenses para a condução de exercícios de fogo real.

O território havia recebido tal propósito por parte de Israel ainda em 1972, de acordo com arquivos do país.

Por sua vez, os residentes apelaram à Suprema Corte israelense para cancelar os planos de demolição da aldeia. Contudo, em 2019, o apelo foi rejeitado pelo órgão, que afirmou que os beduínos não tinham o direito de permanecerem no local.

Além disso, a Suprema Corte afirmou que a retirada dos moradores de Khirbet Humsa não poderia ser enquadrada na lei militar israelense que proíbe a expulsão de moradores permanentes de uma zona de tiro.

"Os apelantes não possuem direitos de propriedade reconhecidos nestas áreas. Eles são intrusos que usaram tais áreas para pastagem", declarou a corte israelense.

Os residentes contrariaram a decisão judicial afirmando que moram no local há décadas.

"Nós vamos começar de novo. Não podemos sair deste lugar. Eu cresci aqui, e meus filhos cresceram aqui, e agora meus netos. Isso é meu lar, e não há outro lugar para eu ir", disse à mídia o morador Yasir Abu al-Kabbash.

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