Existem centenas de milhões de planetas potencialmente habitáveis na Via Láctea, segundo estudo

© Depositphotos.com / AlexmitO esporão de Cepheus, na Via Láctea, tem estrelas enormes com três vezes o tamanho do Sol e a cor azul é explicada por seu calor escaldante
O esporão de Cepheus, na Via Láctea, tem estrelas enormes com três vezes o tamanho do Sol e a cor azul é explicada por seu calor escaldante - Sputnik Brasil
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Pesquisadores usaram dados de missões espaciais anteriores e atuais para estimar o número de exoplanetas na nossa galáxia, com base em mais fatores previamente analisados.

A Via Láctea possui cerca de 300 milhões de exoplanetas potencialmente habitáveis, revela um estudo publicado no servidor de pré-impressão medRxiv e publicado na revista The Astronomical Journal.

A equipe de pesquisadores se focou em exoplanetas de raio de 0,5 a 1,5 vez a massa da Terra e estrelas entre 4.530 ºC e 6.025 ºC, em temperatura efetiva, dando preferência a corpos celestes rochosos.

Os cientistas da NASA, em colaboração com pesquisadores de outros países, descobriram que cerca da metade das estrelas estudadas na Via Láctea devem ter superfícies rochosas, ou cerca de 300 milhões de planetas. Estimativas anteriores ignoraram a relação entre a temperatura das estrelas e o tipo de luzes emitidas por elas e absorvidas pelos planetas.

"Sempre soubemos definir a habitabilidade simplesmente em termos da distância física de um planeta a uma estrela, de modo que não seja muito quente ou frio, nos deixou fazendo muitas suposições", disse o cientista planetário Ravi Kopparapu, do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, em um comunicado da agência espacial norte-americana.

Em seguida, Kopparapu referiu o trabalho da missão Gaia da Agência Espacial Europeia, cujo objetivo era fornecer informações sobre a quantidade de energia que cai em um planeta a partir de sua estrela hospedeira com base no fluxo da estrela, ou a quantidade total de energia que é emitida em uma determinada área durante um determinado tempo.

© Foto / ESONebulosa Roseta, localizada na constelação de Monoceros, na Via Láctea, é influenciada por radiação das estrelas jovens, fazendo com que a nebulosa produza emissão, ou seja, fazendo-a brilhar
Existem centenas de milhões de planetas potencialmente habitáveis na Via Láctea, segundo estudo - Sputnik Brasil
Nebulosa Roseta, localizada na constelação de Monoceros, na Via Láctea, é influenciada por radiação das estrelas jovens, fazendo com que a nebulosa produza emissão, ou seja, fazendo-a brilhar

"Os dados de Gaia sobre as estrelas nos permitiram olhar para esses planetas e suas estrelas de uma maneira totalmente nova", relatou Kopparapu.

Os dados foram fornecidos originalmente pelo telescópio espacial Kipler, que foi retirado de operação, cujo objetivo era estimar o número de potenciais mundos habitáveis na nossa galáxia, entre os bilhões de planetas existentes.

"Embora este resultado esteja longe de ser um valor final, e a água na superfície de um planeta seja apenas um dos muitos fatores que sustentam a vida, é altamente excitante que tenhamos calculado que estes mundos são tão comuns com tão alta confiança e precisão", disse o astrônomo Steve Bryson, do Centro de Pesquisa Ames da agência espacial NASA.

"Pesquisas que visam planetas pequenos e potencialmente habitáveis ao redor de estrelas semelhantes ao Sol dependerão de resultados como estes para maximizar suas chances de sucesso", aponta Bryson.

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