Maduro: Espanha é o centro da conspiração contra Venezuela

© REUTERS / Palácio Miraflores / HandoutPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, realizando coletiva de imprensa virtual
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, realizando coletiva de imprensa virtual - Sputnik Brasil
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De acordo com o chefe do Executivo do país sul-americano, Leopoldo López, opositor venezuelano, começou a realizar "uma guerra por baixo" contra a "paz e a democracia venezuelana".

A Espanha é agora o centro da conspiração contra Caracas após a chegada ao país europeu do político da oposição venezuelano, Leopoldo López, disse na quinta-feira (29) o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"A Espanha se tornou o centro da conspiração, Madri se tornou o centro da conspiração contra a paz e a democracia venezuelana, isto é o que eu denuncio", declarou Maduro no canal estatal Venezolana de Televisión.

Maduro disse durante seu discurso que espera que o governo espanhol tome medidas e não permita que o país se torne o eixo das conspirações de López contra ele.

"Tenho que denunciá-lo publicamente, tenho informações de uma primeira fonte, que Leopoldo López chegou à Espanha e convocou uma reunião de seus chefes políticos que estão no exterior, e lhes disse que vai fazer um discurso convocando eleições, mas que por baixo vem a guerra, que isto se resolve é com uma guerra por baixo, da Espanha", afirmou.

O chefe de Estado acrescentou que seu país carece de uma "oposição política do direito democrático, pacífico e político".

No sábado (24) soube-se que López escapou da Venezuela, onde havia sido condenado pela morte de 43 pessoas nas manifestações antigovernamentais de 2014.

Em 2019, o líder da oposição escapou de sua casa onde estava sob prisão domiciliar e se refugiou na residência do embaixador espanhol, Jesús Silva, que foi acusado pelo governo venezuelano de conspirar contra Caracas.

Embaixador à Venezuela

Em meio às tensões diplomáticas, Madri afirmou que não nomeará um novo embaixador na Venezuela para substituir o atual, Jesús Silva, que deixará seu cargo em 8 de novembro. A mais alta representação diplomática será ocupada por um encarregado de negócios.

"O substituto do sr. Silva será destacado como encarregado de negócios porque o reconhecimento dado às autoridades atuais não está em condições de apresentar formalmente uma petição para uma acreditação", anunciou a secretária de Estado das Relações Exteriores e da América Latina, Cristina Gallach.

Em uma reunião com o Comitê de Relações Exteriores do Congresso da Espanha, Gallach explicou que a decisão de não nomear um novo embaixador se deve ao fato de que a Espanha não considera "que as últimas eleições presidenciais de 2018 na Venezuela foram justas e transparentes".

"É por isso que adotamos este formulário, que é uma decisão acordada com os parceiros da União Europeia, mas que de forma alguma o impedirá de desempenhar plenamente suas funções tal como fez o embaixador Silva", acrescentou.

Segundo publicação no portal Vox Populi, é previsto que o enviado a Caracas como encarregado de negócios seja o atual embaixador em Cuba, Juan Fernández Trigo, cujo nome é apontado há semanas como possível substituto do atual embaixador.

Tanto a Venezuela como Espanha se acusaram mutuamente de violar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas nos últimos dias.

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