Facebook prepara medidas emergenciais para conter desinformação durante eleições nos EUA, diz WSJ

© REUTERS / Andrew KellySinalização alertando as pessoas sobre precauções de segurança em um esforço para combater a propagação da COVID-19 é vista em uma seção de votação no Bronx, em Nova York, EUA, 25 de outubro de 2020
Sinalização alertando as pessoas sobre precauções de segurança em um esforço para combater a propagação da COVID-19 é vista em uma seção de votação no Bronx, em Nova York, EUA, 25 de outubro de 2020 - Sputnik Brasil
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Em preparação para possível agitação eleitoral, Facebook pode lançar ferramentas internas emergenciais destinadas a desacelerar a disseminação de conteúdos duvidosos durante as eleições.

De acordo com o jornal The Wall Street Journal nesse domingo (25), o Facebook está analisando a possibilidade de "agitação civil" nos dias seguintes às eleições do próximo mês e está montando estratégias para acalmar qualquer "conflito relacionado às eleições" nos EUA.

"Passamos anos construindo eleições mais seguras", afirmou o porta-voz do Facebook Andy Stone. "Aplicamos lições de eleições anteriores, contratamos especialistas e construímos novas equipes com experiência em diferentes áreas para nos prepararmos para vários cenários."

As medidas que estão sendo consideradas já foram empregadas em países "de risco" como Sri Lanka e Mianmar, e incluem uma desaceleração do compartilhamento de conteúdo viral, diminuição do limite para a identificação de mensagens potencialmente inflamatórias e ajustes no feed de notícias para mudar o conteúdo que o usuário recebe ao entrar na rede social. A empresa também pode reduzir o limite para detectar postagens que seu software considera perigosas.

"Precisamos fazer tudo o que pudermos para reduzir as chances de violência ou agitação civil após estas eleições", disse o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, ao portal Axios no mês passado.

Segundo o The Wall Street Journal, o Facebook implementará tais medidas apenas em caso de uma situação crítica que possa causar violência relacionada às eleições, observando que se a empresa decidir usar essas ferramentas, elas transformarão as informações que milhões de americanos recebem.

Com essas medidas, o Facebook já começou a receber críticas de ambos os partidos Democrata e Republicano, e qualquer tentativa de regulamentar o conteúdo provavelmente provocará mais polêmicas. A rede social sofreu intensa pressão no início deste mês, inclusive pelo presidente Donald Trump, após desacelerar a divulgação de um artigo do jornal The New York Post relacionado ao filho de Joe Biden, Hunter.

Em resposta, a empresa disse que suas ações estão de acordo com as regras que detalhou no ano passado para evitar interferências nas eleições.

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