Grécia, Egito e Chipre condenam 'ameaça' da Turquia no leste do Mediterrâneo

© AP Photo / Ministério da Defesa da GréciaNavios de guerra da Grécia, Itália, Chipre e França participam de exercício militar no mar Mediterrâneo ao sul da Turquia, em 31 de agosto de 2020.
Navios de guerra da Grécia, Itália, Chipre e França participam de exercício militar no mar Mediterrâneo ao sul da Turquia, em 31 de agosto de 2020. - Sputnik Brasil
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Os três países sublinham que a "crescente militarização da área" por Ancara "ameaça a estabilidade, paz e segurança" de todo o mar Mediterrâneo.

O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, emitiram uma declaração conjunta condenando as atividades de exploração da Turquia nas disputadas águas do leste do Mediterrâneo, bem como a "crescente militarização da área, que ameaça a estabilidade, a paz e a segurança geral no mar Mediterrâneo". A afirmação foi feita após o encerramento de uma cúpula entre os três países realizada na quarta-feira (21) em Nicósia, Chipre.

Os líderes dos três países condenaram veementemente "a perfuração ilegal e as operações sísmicas da Turquia na Zona Econômica Exclusiva [ZEE]" do Chipre, que foi delimitada "de acordo com o direito internacional, entre a República do Chipre e a República Árabe do Egito, através do Acordo sobre Delimitação do ZEE de 2003", comenta a nota.

© AP Photo / Burhan OzbiliciEmbarcação turca de pesquisa sísmica, Oruc Reis
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Embarcação turca de pesquisa sísmica, Oruc Reis
"Condenamos também as contínuas violações do espaço aéreo nacional grego e das águas territoriais no mar Egeu e as atividades ilegais da Turquia em áreas que se enquadram na plataforma continental da Grécia, em violação do direito internacional", acrescenta a declaração conjunta.

A nota conjunta de Chipre, Egito e Grécia foi emitida uma semana depois que a Turquia decidiu enviar seu navio de pesquisa sísmica Oruc Reis para o leste do Mediterrâneo. Na ocasião, Atenas criticou a decisão de Ancara, classificando a medida como uma "ameaça direta à paz e segurança na região", o que mostra que a Turquia continua "não confiável" e não está disposta a participar realmente do diálogo entre as partes envolvidas.

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