Campo magnético dividido com Lua ajudou na evolução da vida na Terra, revela estudo

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Campo magnético (ilustração) - Sputnik Brasil
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Há uns 4,5 bilhões de anos, o nosso planeta era um lugar radicalmente diferente – um mundo inabitável dono de temperaturas extremamente elevadas, ar tóxico e constantemente bombardeado pela radiação solar. Cientistas afirmam que tudo mudou com a formação da Lua.

Um estudo recém-realizado por uma equipe internacional de cientistas liderada pela NASA sugere que a Terra e a Lua tinham um campo magnético conjunto que servia como um escudo contra as partículas do vento solar.

Durante muito tempo, cientistas acreditavam que a Lua não tinha um campo magnético duradouro devido ao pequeno tamanho do núcleo lunar.

Graças à utilização de novas tecnologias, pesquisadores da NASA analisaram amostras da superfície lunar que foram coletadas durante as missões Apollo e conservadas por décadas.

O estudo demonstrou que, durante a formação da Lua, o calor manteve o ferro em estado líquido que, por sua vez, criou um campo magnético de pouca duração devido ao tamanho do núcleo.

"É como fazer um bolo: quando você o tira do forno e ele ainda está esfriando. Quanto maior a massa, mais tempo demora para esfriar", disse Jim Green, cientista-chefe da NASA e autor principal do estudo
© Foto / ESA / AOES MedialabO campo magnético da Terra funciona como um escudo, protegendo o planeta da radiação cósmica e das partículas carregadas que correm na nossa direção com ventos solares
Campo magnético dividido com Lua ajudou na evolução da vida na Terra, revela estudo - Sputnik Brasil
O campo magnético da Terra funciona como um escudo, protegendo o planeta da radiação cósmica e das partículas carregadas que correm na nossa direção com ventos solares

Incialmente, a Lua estava muito mais perto da Terra, mas, ao longo dos anos, foi se afastando devido à gravidade. Os cientistas criaram um modelo computacional para analisar como interagiam os campos magnéticos da Terra e da Lua. A simulação demostrou que as magnetosferas de ambos os corpos celestes estavam conectadas nas regiões polares de cada objeto.

Os cientistas acreditam que o escudo protetor desempenhou um papel importante na evolução da Terra, uma vez que não permitia que as partículas do vento solar removessem atmosfera do nosso planeta.

Pesquisadores calcularam que a magnetosfera conjunta da Terra e da Lua persistiu de 4,1 bilhões a 3,5 bilhões de anos atrás.

Ao longo do tempo, o interior da Lua esfriou e o nosso satélite natural perdeu eventualmente magnetosfera e atmosfera. Cientistas dizem que o campo magnético da Lua se tornou muito mais fraco há 3,2 bilhões de anos, antes de ter desaparecido cerca de 1,5 bilhão de anos atrás.

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