EUA e aliados assinam acordo para extração de recursos da Lua sem considerarem Rússia e China

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Os princípios do pacto incluem exploração pacífica, transparência das atividades, extração de recursos de acordo com o Tratado do Espaço Exterior, e assistência em situações de emergência.

A NASA anunciou que os EUA e mais outros sete países assinaram o Acordo Artemis, que visa a exploração e extração justas e sustentáveis de recursos da Lua, relata a agência espacial dos EUA.

EUA, Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido assinaram o acordo nesta terça-feira (13), que, por sua vez, não contará com a participação da Rússia ou da China.

De acordo com Jim Bridenstine, administrador da NASA, "Artemis será o maior e mais diverso programa internacional de exploração espacial humana da história, e os Acordos Artemis são o veículo que estabelecerá essa coalizão global única. Com a assinatura dos acordos, estamos nos unindo aos nossos parceiros para explorar a Lua e estabelecer princípios vitais que criarão um futuro seguro, pacífico e próspero no espaço que toda a humanidade possa desfrutar", acrescentou.

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Entre os princípios do acordo estão a exploração pacífica, transparência das atividades para evitar conflitos, interoperabilidade, assistência em casos de emergência, registro de objetos espaciais, publicação de dados científicos, preservação do patrimônio, extração de recursos conforme com o Tratado sobre o Espaço Exterior e a Eliminação Segura de Detritos.

A NASA afirma que também conversou com outros países interessados em assinar os acordos, para que mais nações possam aderir à iniciativa antes do final do ano. Porém, por enquanto, os dois principais rivais da potência norte-americana ficarão fora do acordo.

Desde 2011 que a República Popular da China estava banida pelo Congresso norte-americano de cooperar em missões espaciais com a NASA. Em relação à Rússia, ainda não está claro que acabará, ou não, participando do Acordo Artemis, apesar de tudo apontar para a sua ausência, pois, de acordo com Dmitry Rogozin, diretor-geral da Roscosmos, o projeto atual da NASA é muito "centrado nos EUA", e por isso a Rússia deverá se abster de participar das operações espaciais com a NASA.

Apesar das relações tensas entre as duas potências nos mais diversos campos, Bridenstine assegura que o acordo é inclusivo e transparente o suficiente para a participação da Rússia. Contudo, é pouco provável que a última venha a mudar de ideia.

Até o final do ano, a NASA espera que outros países venham a se juntar ao projeto de exploração e extração de recursos da Lua. Por sua vez, Rússia e China poderão fazer progressos cooperando na construção de uma base lunar conjunta.
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