Cientistas encontram nova espécie de ursos d'água que é ainda mais indestrutível

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Os tardígrados são capazes de superar estado de criptobiose, a suspensão dos processos metabólicos, e tolerar períodos de desidratação até dez anos. Além disso, resistem às temperaturas extremas e sobrevivem no vácuo ou em condições de pressão anormal.

Pesquisadores indianos afirmam ter encontrado uma nova espécie de tardígrados, conhecidos também como ursos d'água, com um inesperado superpoder protetor: podem sobreviver à radiação ultravioleta. Esses microrganismos foram descobertos em uma amostra do musgo de uma parede de concreto na cidade de Bangalor, na Índia.

Durante o estudo, publicado na revista científica Biology Letter, os cientistas provaram a existência da nova espécie, chamada Paramacrobiotus BLR. Os pesquisadores descobriram que a cepa sobreviveu os níveis de radiação ultravioleta que são suficientes para matar em apenas 24 horas outra espécie de tardígrado menos resistente e que se usa geralmente em experimentos, conhecida como H. exemplaris.

CC BY-SA 3.0 / Bob Goldstein e Vicky Madden/UNC Chapel Hill / Urso-d'água
Cientistas encontram nova espécie de ursos d'água que é ainda mais indestrutível - Sputnik Brasil
Urso-d'água

Normalmente, a radiação ultravioleta pode danificar DNA, rasgando-o e fazendo com que as células morram. Mas o Paramacrobiotus BLR sobreviveu a essa radiação durante 30 dias.

De acordo com os investigadores, a descoberta do escudo fluorescente foi acidental. Enquanto estudavam essas criaturas sob a luz ultravioleta, repararam que os tubos de ensaio cheios de Paramacrobiotus BLR brilhavam ou "apresentavam fluorescência", o que não acontecia nos tubos com H. exemplaris. Por conseguinte, os cientistas concluíram que a fluorescência poderia proteger os microrganismos de efeitos perigosos da radiação ultravioleta.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores misturaram 300 espécimes com um pouco de água em um moinho de papel. A solução resultante continha os produtos químicos aparentemente utilizados pelo Paramacrobiotus BLR como escudo ultravioleta.

Os cientistas adicionaram essa solução a uma placa que continha vermes microscópicos e tardígrados H. exemplaris para determinar se proporciona efeito protetor. Os vermes e tardígrados mostraram taxas de sobrevivência mais altas depois da radiação ultravioleta que normalmente os matariam.

O composto químico fluorescente que o Paramacrobiotus BLR usa como escudo ainda não foi determinado. O grupo de investigação acha que o tardígrado pode ter desenvolvido seu escudo fluorescente para combater os níveis altos da radiação que existe no sul da Índia.

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