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'Moro e Mandetta podem ocupar espaço dos bolsonaristas arrependidos', afirma cientista político

© Folhapress / Pedro LadeiraMinistros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) Paulo Guedes (Economia) Sergio Moro (Justiça) e general Walter Braga Netto (Casa Civil), durante coletiva de imprensa sobre as novas ações do governo no combate a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)
Ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) Paulo Guedes (Economia) Sergio Moro (Justiça) e general Walter Braga Netto (Casa Civil), durante coletiva de imprensa sobre as novas ações do governo no combate a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - Sputnik Brasil
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O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou na última segunda-feira (12) que gostaria que o ex-ministro Sergio Moro permanecesse no Brasil, pois "tem muito a colaborar" para o país.

Em entrevista ao programa Roda Viva, ao ser questionado sobre o ex-ministro da Justiça, Luiz Henrique Mandetta declarou que Sergio Moro "tem uma visão" e que o Brasil "espera muito dele".

Foi divulgado na semana passada que a família de Moro tem manifestado a preferência para que ele saia do país e dê aulas de Direito no exterior. O objetivo será evitar o envolvimento do ex-ministro com as eleições em 2022.

​O cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, Cláudio Couto, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que a declaração do ex-ministro da Saúde pode ser uma sinalização para tentar viabilizar uma chapa presidencial com Sergio Moro em 2022.

"Eu acho que pode ser sim uma tentativa de sinalizar para uma chapa presidencial daqui a dois anos. É bem possível. Já se cogitou essa aliança entre Moro e Mandetta, Moro de cabeça de chapa e Mandetta de vice, ou quem sabe até o contrário, que eu acho mais improvável", disse.

"Eles podem ocupar o espaço dos bolsonaristas arrependidos, dos lavajatistas magoados, daqueles que viram Mandetta em um certo espaço de sensatez, no meio de toda a loucura que foi a condução da pandemia pelo governo Bolsonaro, e, portanto, chegam sim credenciados", acrescentou Cláudio Couto.

De acordo com o especialista, mesmo que essa chapa não se viabilize, a declaração do ex-ministro é "uma forma do próprio Mandetta sinalizar para os simpatizantes do Sergio Moro que ele é um dos seus", e com isso "atrair pra si o capital político que pertence a Sergio Moro".

O especialista argumentou que sair do Brasil e retornar em um momento mais adequado pode ser uma estratégia de ordem política por parte de Sergio Moro.

"Se for o misto das duas coisas, se preservar pessoalmente e se guardar para um momento político mais adequado, aí talvez a esposa de Moro tenha razão, o melhor momento para ele nesse momento seria ficar um tempo sumido, não dar muita cara a tapas e voltar às vésperas do próximo processo eleitoral", observou.

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