Congestionamento crescente do espaço em torno da Terra pode provocar catástrofe, aponta especialista

© AP Photo / John RaouxLançamento do Falcon-9 (foto de arquivo)
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Peter Back, diretor da empresa aeroespacial privada Rocket Lab, disse em uma entrevista à CNN que já se nota o efeito do congestionamento do espaço sideral.

Ele considera que os foguetes portadores "têm que abrir caminho" entre as constelações de satélites que já estão presentes na órbita, algo que influencia o processo de lançamento.

Como recente exemplo, Peter Back refere o programa Starlink da Spacex, que tem por objetivo ter entre 12.000 a 40.000 satélites, ou seja, cinco vezes mais do que todos os satélites lançados desde o início da exploração espacial.

Especialistas internacionais e a NASA apontam que as áreas mais congestionadas do espaço cósmico se localizam a uma altitude entre 700 e 1.000 km.

© Fotolia / Andrei ArmyagovSatélite em órbita terrestre
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Satélite em órbita terrestre

Embora as constelações da Spacex orbitem a altitudes mais baixas, Moriba Jah especialista em tráfego espacial e astrodinâmica da Universidade do Texas em Austin, salienta que os satélites Starlink também estão em risco de colisão.

Outro problema são as grandes quantidades de lixo espacial, impossíveis de eliminar, e que só deixam de ser um obstáculo quando saem de órbita, um processo que leva o seu tempo.

Em 1978, o cientista da NASA Donald Kessler advertiu sobre uma possível catástrofe no espaço. Hoje conhecida como "síndrome de Kessler", a teoria postula que algum dia a órbita da Terra chegaria a estar tão cheia e poluída com satélites ativos e detritos espaciais que poderia dificultar, ou mesmo impossibilitar, as futuras explorações do espaço.

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