Banheira ritual milenar é descoberta em Israel graças à construção de rodovia

© Foto / Pixabay / jdblackRuínas arqueológicas (imagem referencial)
Ruínas arqueológicas (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Foi encontrada uma mikvá de cerca de dois mil anos no norte de Israel, fornecendo também as primeiras provas da existência de fazendas judaicas na área de Galileia.

A Autoridade de Antiguidades de Israel encontrou evidências da existência de fazendas judaicas na área de Galileia, atual Israel, no período do Segundo Templo (516 a.C. a 70 a.C.), informa o portal United with Israel.

Uma mikvá, ou banheira ritual em hebraico, foi encontrada na aldeia Kfar Manda, norte israelense, após o início da construção de um novo trecho rodoviário. Devido às frequentes descobertas de tesouros e artefatos antigos, construtores israelenses costumam trabalhar acompanhados por arqueólogos.

O mesmo aconteceu desta vez, com membros da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês), bem como residentes locais, estudantes de programas preparatórios pré-militares, residentes de kibutz (comunidades coletivas israelenses baseadas em agricultura) e outros ajudando nas escavações.

"A existência de uma mikvá, uma instalação de purificação, indica inequivocamente que os residentes da antiga fazenda eram judeus, que levavam um modo de vida religioso e tradicional, e mantinham a pureza como um mandamento da Torá. Banheiras rituais têm sido usadas no dia a dia por judeus desde o período do Segundo Templo", disse o diretor de escavação Abd Elghani Ibrahim.

"A descoberta da mikvá na fazenda muda o que sabíamos sobre o estilo de vida dos judeus no período do Segundo Templo. Até agora não tínhamos descoberto fazendas judaicas na Galileia. Era considerado que os judeus do período romano não viviam em fazendas fora das aldeias ou cidades", apontou o arqueólogo Walid Atrash.

Devido à impossibilidade da mikvá ser preservada no local encontrado, foi decidido cortar todo o edifício da base e transplantá-lo para um local protegido para exibição pública através de uma campanha de financiamento coletivo organizada pela comunidade Kibbutz Hannaton.

Após ser removida, a estrutura foi transportada para perto da mikvá da organização, onde na quarta-feira (30) foi içada no ar para a alegria dos residentes.

A mikvá foi originalmente destruída há cerca de 1.700 anos em um terremoto, sendo abandonada cerca de 300 anos depois.

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