Administração Trump solicita que startups dos EUA reportem investidores chineses e russos, diz mídia

© REUTERS / Tom BrennerPresidente dos EUA, Donald Trump, durante comício de campanha no aeroporto Cecil, em Jacksonville, Florida (EUA), 24 de setembro de 2020
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante comício de campanha no aeroporto Cecil, em Jacksonville, Florida (EUA), 24 de setembro de 2020  - Sputnik Brasil
Nos siga no
Desde março, o Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA (CFIUS, na sigla em inglês) entrou em contato com dezenas de empresas norte-americanas para investigar seus acionistas estrangeiros.

O governo Trump solicitou a dezenas de empresas norte-americanas de tecnologia para avaliar os investimentos chineses devido a potenciais riscos à segurança nacional, relataram advogados da indústria citados pelo jornal The Washington Post.

Depois que o CFIUS reúne detalhes das empresas, pode decidir se vai sondar mais o assunto e até mesmo forçar o investidor estrangeiro a sair do país, como fez no caso da TikTok, garante a mídia. O CFIUS está principalmente interessado em investimentos da China, mas também fez perguntas sobre os investidores russos.

Executivos de tecnologia afirmam que as consultas fazem parte do esfriamento crescente nas relações EUA-China, que tornou as empresas do Vale do Silício ainda mais cautelosas em aceitar investimentos estrangeiros e fez com que alguns fundos de capital de risco apoiados pela China restringissem suas atividades.

Novela TikTok

O CFIUS foca em empresas e aplicativos que coletam informações pessoais confidenciais sobre usuários, como localização ou dados financeiros, e empresas envolvidas em tecnologia considerada crítica para a segurança nacional, como certos tipos de tecnologia de bateria e biotecnologia, disseram os advogados ouvidos pelo jornal.

Esses foram alguns dos argumentos utilizados pela administração Trump para ameaçar banir o aplicativo TikTok nos EUA em agosto.

Em 14 de agosto, o CFIUS recomendou "por unanimidade" que o presidente Trump ordenasse que a ByteDance, a proprietária chinesa do aplicativo TikTok, se desfizesse de seus negócios nos EUA "a fim de proteger os usuários dos EUA da exploração de seus dados pessoais", lê-se no comunicado da altura.

Em 19 de setembro, Trump contou a repórteres ter apoiado o acordo entre a dona do TikTok, ByteDance, e as empresas norte-americanas Oracle e Walmart para a criação de uma nova companhia que assumiria as operações do TikTok nos EUA.

Ainda assim, como o acordo ainda não foi fechado, segue em vigor uma ordem executiva de Trump assinada em 14 de agosto que ordena que a ByteDance seja vendida em 90 dias, prazo que expira em 12 de novembro.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала