De acordo com o jornal Izvestia, a capacidade de manobra dos S-300V4 permite uma movimentação rápida para qualquer lugar do Extremo Oriente do país e Sibéria.
Ao invés dos S-300 e S-400, que estão em serviço da Força Aeroespacial, os S-300V4 possuem lagartas todo-terreno.
Destinado a proteger as tropas de ataques de drones e mísseis balísticos, o sistema é capaz de atingir aviões a uma distância de até 400 quilômetros e a uma altitude de 30 quilômetros. Uma divisão destes mísseis cobre uma área de ao menos 2.500 quilômetros quadrados.
O sistema é capaz de disparar contra 24 alvos aéreos (dois mísseis para cada alvo) ou contra 16 mísseis balísticos.
Os especialistas acreditam que o fortalecimento da defesa aérea é uma resposta à crescente atividade norte-americana na região Ásia-Pacífico.
Recentemente, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que a situação político-militar na região oriental segue tensa. O aumento da influência norte-americana e seus aliados na região do Indo-Pacífico teria como objetivo debilitar as posições russas e chinesas no Sudeste Asiático.
"A julgar pela intensidade dos voos de reconhecimento na região do Pacífico, os norte-americanos têm fortalecido seus agrupamentos navais na região. Não devemos esquecer que toda uma frota norte-americana cruza o oceano Pacífico constantemente. O fato de as forças móveis de defesa aérea estarem sendo implantadas na região nos dará a oportunidade de criar grupos nas direções mais perigosas. Este é um impulso significativo que faz com que muitos pensem bem se devem ou não entrar na região", advertiu o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Vladimir Anokhin.
Segundo a Defesa russa, os voos dos bombardeiros estratégicos norte-americanos no espaço aéreo sobre o mar de Okhotsk também se tornaram mais frequentes, assim como em diversas outras áreas ao largo da costa leste da Rússia.