Iceberg não foi o único culpado pelo afundamento do Titanic, diz estudo

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Novo estudo sugere que uma tempestade geomagnética estava presente durante o período em torno do desastre do Titanic e que pode ter afetado a navegação e a comunicação do grande navio.

O mais luxuoso e, teoricamente, seguro navio da sua época, o Titanic pode ter atingido o iceberg no oceano Atlântico depois de ter saído da rota devido a uma explosão solar. Essa é a teoria de Mila Zinkova, pesquisadora norte-americana independente e cientista da computação aposentada, que foi publicada recentemente na revista científica Weather.

A pesquisadora cita evidências de uma forte atividade solar na noite em que o Titanic afundou, em 15 de abril de 1912, sugerindo que uma grande tempestade solar pode ter feito a bússola magnética a bordo do navio "inafundável" apontar ligeiramente para longe do norte magnético, fazendo com que o Titanic mudasse o curso.

"A maioria das pessoas que escreve sobre o Titanic não sabe que as luzes do norte foram vistas naquela noite […]. Mesmo se a bússola se movesse apenas um grau, ela já poderia ter feito a diferença", sublinha Zinkova ao portal Hakai Magazine.

Esse "erro insignificante da bússola" pode ter colocado o Titanic em rota de colisão com o iceberg, afetando a navegação e a comunicação, levando à morte 1.496 pessoas.

© AP Photo / PA/FilesO navio notório Titanic
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O navio notório Titanic

Auroras e luzes do norte

"O Titanic atingiu o iceberg às 23h40 [...] com ventos fracos e um estado de mar relativamente calmo. O quarto oficial do Titanic, Joseph Boxhall, calculou a posição SOS do navio. A posição estava errada em 24 quilômetros. O navio de resgate recebeu esta posição errada, mas de alguma forma milagrosamente fluiu diretamente para os botes salva-vidas do Titanic. Tanto o erro quanto a correção podem ter sido causados pelo efeito do clima espacial", escreve Zinkova.

Relatos de testemunhas oculares da época, incluindo sobreviventes do Titanic, sugerem que havia auroras nos céus na altura da colisão mortal.

O jornalista e escritor Lawrence Beesley, por exemplo, escreveu: "não tínhamos certeza da hora e estávamos ansiosos, talvez, para aceitar muito prontamente qualquer alívio da escuridão". E passa a descrever como a "luz suave" permaneceu ali por algum tempo, desaparecendo gradualmente, antes de brilhar novamente. "'As luzes do norte!' De repente me ocorreu, e assim foi", escreveu Beesley.

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