Universidades norte-americanas propõem forma polêmica de alocar primeiras vacinas contra coronavírus

© REUTERS / Tingshu WangVacina contra coronavírus Sinovac
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Segundo a Universidade Johns Hopkins e a Universidade do Sul da Califórnia, ambas nos EUA, uma estratégia indireta funcionaria melhor para proteger as pessoas mais idosas de infecções.

A melhor forma de parar a pandemia do SARS-CoV-2 seria distribuindo a vacina aos grupos que mais espalham a COVID-19, os funcionários de saúde e os jovens, e depois deles aos grupos mais vulneráveis da população, recomendam a Universidade Johns Hopkins e a Universidade do Sul da Califórnia em um artigo publicado no portal The Conversation.

Segundo diretrizes referidas pelas duas instituições norte-americanas, e compostas pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina, a pedido dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, CDC, na sigla em inglês) dos EUA e dos Institutos Nacionais de Saúde, os jovens não são muito afetados pela COVID-19, mas espalham a doença de forma assintomática.

Essa demografia não só fecha escolas e universidades no país, mas também ameaça comunidades em seu torno, apontam as instituições norte-americanas.

As universidades, que dizem ter décadas de experiência em economia da saúde e epidemiologia, mencionaram estudos e pandemias anteriores que concluem que a melhor forma de proteger as pessoas mais idosas é vacinando crianças e jovens, pois "muito poucos dos superdisseminadores da COVID-19 são idosos".

Estudos epidemiológicos

Em particular, a recomendação refere um estudo de maio em que possivelmente não mais que 10% da população é responsável por 80% das infecções, sendo que até 40% das pessoas com o vírus não demonstram sintomas.

Além disso, entre os jovens existem pessoas altamente sociais, com grandes círculos de amigos, que espalham o novo coronavírus, mas esses jovens raramente morrem da doença e não apresentam sintomas graves, apontam as universidades. Essas pessoas também têm tido um maior aumento nos casos ultimamente, alertam.

Como um dos exemplos nos EUA, o artigo informa que a Academia Americana de Pediatria e a Associação Hospitalar Infantil relataram que pelo menos 338.000 crianças testaram positivo para o vírus até 30 de julho, sendo que mais de um quarto desse número deu positivo apenas nas últimas duas semanas desse mês.

Em 25 de agosto, a emissora France 24 afirmou que havia um aumento recente no número de casos de coronavírus em jovens em vários países na Europa.

Assim, a Universidade Johns Hopkins e a Universidade do Sul da Califórnia apelam a uma política que leve pessoas idosas a ficarem em casa para evitar contato com os superdisseminadores, e que os jovens devem se inocular assim que surgir uma vacina eficaz.

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