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Semana do Brasil: economista compara plano do governo para o comércio com Black Friday

© Folhapress / CoelhoMovimentação de consumidores para as compras de natal no centro de comércio Saara, no Rio de Janeiro.
Movimentação de consumidores para as compras de natal no centro de comércio Saara, no Rio de Janeiro. - Sputnik Brasil
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Com o objetivo de incentivar o consumo e melhorar os números da economia, a 2ª edição da Semana do Brasil, que ocorre entre 3 e 13 de setembro, gera expectativa para o comércio em meio à crise da pandemia do coronavírus.

Todas as entidades que apoiam a campanha apresentaram as ideias iniciais do que poderiam fazer para colaborar na organização e, principalmente, nas ações promocionais sugeridas para os seus associados, incentivando a realização de atrativos que representem efetivos benefícios reais para os consumidores.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, em entrevista à Sputnik Brasil, observou que a Semana do Brasil é um fenômeno novo no varejo brasileiro e comparou o evento com a Black Friday.

"Ao contrário da Black Friday, que foi um movimento espontâneo do varejo em outros países, que foi incorporado pelo varejo brasileiro, a Semana do Brasil foi uma iniciativa de empresários ligados ao governo e o próprio governo para tentar estimular a economia em um mês tradicionalmente fraco para o comércio varejista", afirmou.

De acordo com o especialista, assim como na Black Friday, a Semana do Brasil é uma tentativa de coordenar o varejo para ações promocionais e atrair o consumidor com preços mais baixos.

"Como todo movimento do varejo, leva um certo tempo pra maturar e desenvolver, assim como foi com a Black Friday, que desembarcou no Brasil por volta de 2009, 2010, mas foi engrenar de fato para entrar no calendário do varejo 3-4 anos depois", argumentou.

O economista destacou também que a data fica prejudicada pela situação de pandemia da COVID-19 no sentido de comparar os resultados da Semana do Brasil de 2019, tendo em vista que neste ano a "variação deve ser negativa não por conta da data em si, mas por conta da situação recessiva da economia".

De acordo com Fábio Bentes, só no segundo trimestre deste ano foram fechadas mais de 135 mil lojas com vínculos empregatícios no varejo.

"Um dos aspectos mais preocupantes dessa recessão, que a gente confirmou agora no segundo trimestre, é o estrago provocado no varejo, provocado no consumo especificamente do varejo [...] O varejo e o setor do turismo são as atividades econômicas mais diretamente impactadas pelos protocolos de combate à expansão da COVID-19", completou.

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