Pessoas da Idade do Bronze faziam instrumentos musicais de ossos humanos, revela estudo

© AP Photo / Matt DunhamDois crânios em sítio arqueológico (imagem referencial)
Dois crânios em sítio arqueológico (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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As pessoas da Idade do Bronze, que viviam no território onde hoje fica o Reino Unido, mantinham restos humanos como relíquias e até mesmo faziam deles instrumentos musicais, sugere estudo.

Após análises de antigos fragmentos ósseos provenientes de 28 sítios arqueológicos por todo o Reino Unido, pesquisadores descobriram através da datação por radiocarbono e tomografia computadorizada que os restos eram, às vezes, usados como objetos rituais.

Em exemplo mais surpreendente, a equipe descobriu que um osso da coxa humano de 3.700 anos foi transformado em um instrumento musical semelhante a um apito que mais tarde foi enterrado no túmulo de um homem perto de Stonehenge.

"Embora os fragmentos de ossos humanos eram incluídos como objetos funerários com os mortos, eles também eram mantidos nas casas das pessoas vivas, sendo enterrados debaixo dos andares da casa e até mesmo colocados à mostra", declarou em comunicado Joanna Bruck, uma das autoras do estudo e professora honorária da Universidade de Bristol.

"Isto sugere que as pessoas da Idade do Bronze não consideravam restos humanos algo horroroso ou nojento, [sentimentos] que talvez possamos sentir hoje", acrescentou.

© Foto / Tees ArchaeologySepultura da Idade do Bronze no Reino Unido em que uma mulher está enterrada com os ossos de seus antepassados que morreram entre 60 e 170 anos antes dela
Pessoas da Idade do Bronze faziam instrumentos musicais de ossos humanos, revela estudo - Sputnik Brasil
Sepultura da Idade do Bronze no Reino Unido em que uma mulher está enterrada com os ossos de seus antepassados que morreram entre 60 e 170 anos antes dela

Embora estas práticas da Idade do Bronze possam parecer macabras para humanidade moderna, segundo Thomas Booth, pesquisador arqueólogo e autor principal do estudo, há semelhanças entres rituais antigos e como os mortos são homenageados hoje em dia, escreve CNN.

Restos humanos eram mantidos por "algumas décadas" ou "alguns séculos", ressaltou Booth, sugerindo que os fragmentos poderiam ter sido enterrados uma vez que o falecido sumiu "da memória viva ou cultural".

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