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Melhora da economia brasileira será vista nos próximos trimestres com reabertura, diz especialista

© Folhapress / Marx Vasconcelos / Futura PressMovimentação em shopping na manhã desde o dia 6 de junho, sábado, em Belém (PA). O decreto que prevê a reabertura de shoppings centers e salões de beleza em Belém foi publicado na última sexta-feira (5) no Diário Oficial do Município. Com o decreto, shoppings e salões de beleza se juntam a concessionárias, escritórios, comércio de rua, construção civil e igrejas, entre as atividades não essenciais que voltam a funcionar.
Movimentação em shopping na manhã desde o dia 6 de junho, sábado, em Belém (PA). O decreto que prevê a reabertura de shoppings centers e salões de beleza em Belém foi publicado na última sexta-feira (5) no Diário Oficial do Município. Com o decreto, shoppings e salões de beleza se juntam a concessionárias, escritórios, comércio de rua, construção civil e igrejas, entre as atividades não essenciais que voltam a funcionar.  - Sputnik Brasil
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um tombo histórico de 9,7% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano.

O resultado foi divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número mostra que a economia brasileira entra oficialmente em recessão técnica, quando o encolhimento do nível de atividade é registrado por dois trimestres consecutivos.

Para o economista Mauro Rochlin, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, a queda do PIB brasileiro é explicada através das medidas que precisaram ser tomadas em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

"A gente já tinha um resultado ruim do primeiro trimestre, havia uma queda, mas muito leve, a expectativa era de que o segundo trimestre pudesse apresentar uma melhora substantiva, mas as medidas que os governos estaduais e municipais adotaram em função da ocorrência da pandemia é o que explica essa queda espetacular do PIB brasileiro", disse à Sputnik Brasil.

A queda de 9,7% trata-se da redução mais intensa desde que o IBGE iniciou os cálculos do PIB trimestral, em 1996. Segundo Rochlin, não há como a economia brasileira se manter fechada por mais tempo.

"O setor de serviços no Brasil representa cerca de 75% do PIB brasileiro e emprega a maior parte da força de trabalho no país, então eu entendo que o tempo joga a favor da reabertura desses setores. Entendo que no Brasil a gente ainda veja um alto nível de contaminação e também um grande número de óbitos diários, mas eu entendo que na medida em que o tempo passa as pessoas obviamente precisam se sustentar, e não vejo como a economia pode se manter fechada por mais tempo", defendeu.

Mauro Rochlin acredita que uma melhora no PIB brasileiro seja observada nos próximos trimestres.

"Para os próximos dois trimestres teremos ganhos na margem, ou seja, a economia vai crescer em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas todos esses números ainda vão se encontrar abaixo do PIB registrado em 2019. O ano deve fechar com uma queda de 5% a 5,5%, vamos retornar ao PIB equivalente aquele do início da década, realmente é uma tragédia", completou.
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