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Número de sindicalizados caiu 2,9 milhões desde reforma trabalhista no Brasil

© Folhapress / Danilo VerpaDesempregados enfrentam fila em busca de uma oportunidade de trabalho na 4° edição do Mutirão de Emprego, na sede do Sindicato dos Comerciários, centro de São Paulo, em 17 de setembro de 2019
Desempregados enfrentam fila em busca de uma oportunidade de trabalho na 4° edição do Mutirão de Emprego, na sede do Sindicato dos Comerciários, centro de São Paulo, em 17 de setembro de 2019 - Sputnik Brasil
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O número de trabalhadores filiados a algum sindicato vem caindo no país desde 2014, com queda acentuada desde a aprovação da reforma trabalhista e sua posterior entrada em vigor, em novembro 2017. 

Desde a reforma, o número de trabalhadores associados a sindicatos teve queda de 21,7%, o que significa 2.900.000 indivíduos. Em 2018, o Brasil registrou a maior número de trabalhadores (1.500.000) cancelando a adesão a alguma entidade de classe. Em 2017, esse número foi de 432.000. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26).

"Tudo leva a crer que [a queda do número de sindicalizados] se acentuou com a reforma trabalhista", disse a gerente da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, segundo o portal G1. 

Queda vem ocorrendo desde 2014

Apesar disso, o fenômeno de queda nas sindicalizações pode ser percebido desde 2014. De acordo com o IBGE, de 2012 até 2019, o número de trabalhadores que cancelou a adesão a uma entidade de classe foi de 3.800.000. 

"A maior queda [do contingente de sindicalizados] foi em 2018. Em 2019 houve uma suavização da perda, mas ela ainda persistiu", acrescentou Beringuy.

Em 2019, das 94.600.00 pessoas ocupadas no país, apenas 11,2%, ou 10.600.000, eram associadas a sindicatos. Trata-se da menor taxa de sindicalização no país desde início da série histórica, em 2012, quando o índice era de 14.400.000. 

Aumento da ocupação não aumentou sindicalização

"Há uma tendência de recuperação da população ocupada, mas a sindicalização, pelo contrário, vem perdendo contingente. Isso nos leva a crer que, ainda que tenha havido expansão do número de ocupados, ela não foi suficiente para reverter a tendência de queda da sindicalização", disse a pesquisadora. 

Até a entrada em vigor da reforma, todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, eram obrigados a pagar anualmente uma contribuição ao sindicato de sua respectiva categoria profissional. Com a reforma, essa obrigatoriedade foi extinta. Segundo o IBGE, a medida por ter influenciado na queda das taxas.

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