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Brasil precisa de 'olhar sistêmico' e economia verde para crescer, diz economista

© Foto / Divulgação/Ari Versiani/PAC/Agência BrasilUsina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí, no Ceará (CE).
Usina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí, no Ceará (CE). - Sputnik Brasil
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Com a aposta em uma economia verde, o Brasil poderá criar dois milhões de empregos e incrementar seu PIB em R$ 2,8 trilhões nos próximos dez anos, segundo pesquisa.

O levantamento "Uma Nova Economia para uma Nova Era: elementos para a construção de uma economia mais eficiente e resiliente para o Brasil" fez modulações econômicas para prever os efeitos da aposta em uma economia de baixo carbono no Brasil. O estudo liderado pelo WRI Brasil e pela iniciativa New Climate Economy foi realizado com o apoio de universidades e institutos de pesquisa.

Para alcançar os efeitos positivos previstos, é necessário investir em três setores: infraestrutura, indústria e agricultura. A pesquisa defende práticas como adoção de abordagens e tecnologias verdes como oportunidades de crescimento em setores industriais e implementação de medidas para aumento da eficiência na produção agropecuária.

"O Brasil é um país extremamente rico em biodiversidade, recursos naturais. Só que a gente precisa cuidar disso para as gerações futuras. Muitos modelos de crescimento econômico no resto do mundo têm atingido fatores limitantes com relação à questão ambiental e para a gente conseguir continuar a crescer a gente precisa, de fato, adotar tecnologias mais eficientes, que conversem melhor com a questão de gestão de recursos naturais, com a questão de ecossistemas, com um olhar mais sistêmico com relação às cadeias de produção", afirma à Sputnik Brasil a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) Nadja Heiderich.

Apesar do lugar cada vez mais central que o meio ambiente ocupa na diplomacia e na economia mundial, os níveis de devastação ambiental no Brasil crescem na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No Pantanal, os incêndios atingiram o maior número dos últimos 22 anos. Já na Amazônia, o mês de julho registrou uma área de 1.034,4 quilômetros quadrados sob alerta de desmatamento, o maior número da série histórica iniciada em 2015. 

Com a pandemia de COVID-19, as pautas ambientais devem ganhar ainda mais protagonismo, avalia Heiderich. "Esses métodos de produção mais eficientes, mais voltados para a questão ambiental, têm sido discutidos há muito tempo. Mas percebemos que toda essa questão de saúde, muitos mercados têm mudado por conta da pandemia, hábitos de consumo também mudaram drasticamente. E, com isso, a gente tem a oportunidade de novas oportunidades", diz a professora da FECAP. 

© AP Photo / Leo CorreaPedaços de troncos de árvores da Amazônia derrubadas ilegalmente na reserva Renascer, no Pará
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Pedaços de troncos de árvores da Amazônia derrubadas ilegalmente na reserva Renascer, no Pará
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