Mali: junta militar quer governo de transição por 3 anos e concorda em libertar presidente deposto

© REUTERS / STRINGERRebeldes de junta militar que derrubaram presidente do Mali se encontram com mediadores internacionais em Bamaco
Rebeldes de junta militar que derrubaram presidente do Mali se encontram com mediadores internacionais em Bamaco - Sputnik Brasil
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A junta que tomou o poder no Mali, ao derrubar o presidente Ibrahim Boubacar Keita, deseja a criação de um governo de transição liderado pelos militares para ficar no poder por três anos. 

Além disso, os oficiais das Forças Armadas que se rebelaram libertariam o chefe de Estado deposto. Keita foi preso junto a outros líderes políticos do país após o golpe da última terça-feira (18). 

Entre eles está o primeiro-ministro Boubou Cisse, que seria transferido para um lugar seguro na capital Bamaco. 

"A junta afirmou que deseja uma transição de três anos para rever os fundamentos do Estado malinês. Essa transição será dirigida por um órgão liderado por um soldado, que também será o chefe de Estado", disse uma fonte da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), segundo publicado pela agência AFP. 

Segundo a fonte, a maior parte do governo de transição seria composta por militares. O membro da CEDEAO disse ainda que Keita "estaria livre para retornar para casa". 

"E caso ele queira viajar para o exterior para tratamento, isso não é um problema", complementou. 

Protestos contra o governo

Forçado pelos rebeldes, o presidente renunciou em meio a uma grave crise política no país, com apoiadores da oposição tomando as ruas para protestar contra o governo. 

A oposição acusa Keita de não conseguir lidar com a corrupção e restaurar a segurança no país em meio à escalada da violência jihadista, além de criticar as polêmicas eleições legislativas realizadas no final de março, que teriam sido marcadas por sequestros e ameaças de morte contra observadores e autoridades locais.

Organismos internacionais, como a União Africana, e países vizinhos ao Mali, por sua vez, pedem a volta do presidente deposto ao poder.

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