Supernova a 65 anos-luz da Terra pode ter desencadeado extinção em massa há 359 milhões de anos

© Foto / ESO/NASAPartículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219
Partículas de gás formando supernova remanescente 1E 0102.2-7219 - Sputnik Brasil
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Há cerca de 359 milhões de anos ocorreu uma imensa extinção, que dizimou grande parte da vida na Terra. Cientistas têm agora uma nova teoria para esse fenômeno que marcou o fim do período Devoniano.

Um estudo conduzido pelo astrofísico Brian Fields, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, EUA, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que a explosão de uma estrela, uma supernova, localizada a 65 anos-luz da Terra, pode ter sido decisiva para a destruição da camada de ozônio no nosso planeta, acarretando a extinção em massa no período Devoniano, há 359 milhões de anos.

"A principal mensagem do nosso estudo é que a vida na Terra não existe isoladamente […] Somos cidadãos de um cosmos maior e o cosmos intervém em nossas vidas, muitas vezes de forma imperceptível, mas às vezes ferozmente", afirma Fields em comunicado.
© flickr.com / Stuart RankinSupernova na galáxia M82
Supernova a 65 anos-luz da Terra pode ter desencadeado extinção em massa há 359 milhões de anos - Sputnik Brasil
Supernova na galáxia M82

Muitas vezes, mortes em massa que culminam na extinção de várias espécies, como as que marcaram o fim do período Devoniano, são desencadeadas por eventos que ocorrem na Terra, como uma erupção vulcânica devastadora ou a colisão de asteroide.

Todavia, este novo estudo explora a possibilidade de que o declínio dramático nos níveis de ozônio, que coincide com a extinção em massa, pode não ter sido resultado de vulcanismo ou aquecimento global. Em vez disso, o trabalho sugere que a destruição da camada de ozônio foi resultado dos efeitos da radiação de uma supernova a 65 anos-luz da Terra.

À procura de evidências

Nos últimos anos, cientistas têm procurado vestígios de antigos isótopos radioativos que só poderiam ter sido depositados na Terra por meio da explosão de uma estrela. Um isótopo em particular, o ferro-60, tem sido o foco de muitas pesquisas e foi encontrado em vários locais da Terra.

Uma forma de comprovar a teoria da equipe de Fields seria encontrar isótopos de elementos como plutônio-244 e samário-146, uma vez que "nenhum desses isótopos ocorre naturalmente na Terra atualmente e a única maneira de chegar aqui é através de explosões cósmicas", explica o coautor Zhenghai Liu, também da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.

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