Embaixador palestino nos Emirados Árabes Unidos é chamado após acordo entre Abu Dhabi e Tel Aviv

© REUTERS / Raneen SawaftaPalestinos protestam contra o acordo firmado entre os Emirados Árabes e Israel
Palestinos protestam contra o acordo firmado entre os Emirados Árabes e Israel - Sputnik Brasil
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O embaixador palestino nos Emirados Árabes Unidos foi chamado de volta por causa da decisão de Abu Dhabi de estabelecer laços diplomáticos com Israel, o que o presidente palestino Mahmoud Abbas chamou de "traição".

O diplomata foi chamado de volta de Abu Dhabi na quinta-feira (13) em resposta ao acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, que se tornou o primeiro Estado árabe do golfo Pérsico a estabelecer oficialmente relações diplomáticas com Tel Aviv.

Abbas pediu aos Emirados Árabes Unidos para reverter a decisão de quinta-feira (13), que formaliza anos de reaproximação sub rosa entre Israel e o Estado rico em petróleo, e pediu que outras nações árabes não sigam seu exemplo "às custas dos direitos palestinos".

O Hamas, que governa Gaza, também denunciou o acordo, chamando-o de uma "facada nas costas de nosso povo".

Os líderes dos Emirados Árabes Unidos defenderam a medida apontando que ela impediu a anexação israelense de grande parte da Cisjordânia.

© AP Photo / Nasser NasserMenino é visto no caminho para o vilarejo de Kufr Aqab, na Cisjordânia, conhecido reduto palestino
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Menino é visto no caminho para o vilarejo de Kufr Aqab, na Cisjordânia, conhecido reduto palestino
"Os Emirados Árabes Unidos estão usando sua seriedade e promessa de relacionamento para desatarraxar uma bomba-relógio que ameaça uma solução de dois Estados", declarou Anwar Gargash, oficial dos Emirados Árabes, a jornalistas.

No entanto, o território palestino assim "salvo" da anexação permanece sob ocupação israelense ilegal, incluindo os muitos assentamentos exclusivamente judeus que afetam o pretenso Estado palestino, e os fatos no terreno não mudarão sob o acordo.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu também deixou claro que seus "planos para aplicar a soberania sobre a Judeia e Samaria" - ou seja, a Cisjordânia - não mudaram, explicando que ele está apenas aguardando "coordenação total com os EUA".

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