Irã cita Hiroshima e diz que Israel e EUA são ameaças nucleares para o Oriente Médio

© Sputnik / Vladimir AstapkovichMinistro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif
Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif - Sputnik Brasil
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O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse nesta quinta-feira (6) que os EUA e Israel representam uma ameaça nuclear para o Oriente Médio. 

A declaração coincide com o 75º aniversário do lançamento da bomba atômica em Hiroshima, no Japão. O ministro das Relações Exteriores do Irã mencionou o fato em postagem no Twitter.

"Setenta e cinco anos atrás, os Estados Unidos conquistaram a infâmia de se tornar o primeiro e único usuário de armas nucleares. E contra inocentes", afirmou Zarif. 

O chanceler complementou afirmando que as armas nucleares dos EUA e de Israel são atualmente uma "ameaça para nossa região". 

Zarif disse ainda que "já é hora de acabar com o pesadelo nuclear e a doutrina MAD de Destruição Mútua Assegurada", segundo a qual dois lados em conflito assumem ter armas capazes de destruir o inimigo.

A primeira bomba atômica empregada em uma guerra foi lançada contra Hiroshima em 6 de agosto de 1945, pelo avião B-29 chamado Enola Gay. O número de mortos foi de aproximadamente 140.000. 

​75 anos atrás, os EUA conquistaram a infâmia de se tornar o primeiro e único usuário de armas nucleares. E contra inocentes. Hoje, armas nucleares dos EUA e de Israel ameaçam nossa região. Já é hora de acabar com o pesadelo nuclear e a doutrina MAD de Destruição Mútua Assegurada

Fim de acordo nuclear

Embora Israel não admita possuir armas nucleares, acredita-se que o país é o único do Oriente Médio a possuir esse tipo de tecnologia de guerra. 

O Irã era acusado por países ocidentais de buscar a fabricação de armas nucleares. Por meio de acordo entre Teerã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), assinado em julho de 2015, o Irã se comprometeu a limitar seu programa nuclear em troca do fim do embargo contra o país. 

No entanto, em maio de 2018, o presidente estadunidense, Donald Trump, decidiu retirar Washington do acordo e impor novas sanções contra Teerã, o que elevou as tensões entre os dois países.

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