Gravidade da Via Láctea 'dilacerou' aglomerado estelar há 2 bilhões de anos, revelam cientistas

© Foto / Pixabay/skeeze Buraco negro (imagem de arquivo)
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Uma equipe internacional de cientistas descobriu, através das observações da corrente de Fênix, vestígios de estrelas antigas destruídas pela Via Láctea.

A corrente de Fênix é composta por vestígios de um aglomerado globular muito antigo que foi dilacerado pela gravidade da Via Láctea há 2 bilhões de anos, de acordo com uma nova pesquisa liderada pela Universidade de Sydney, na Austrália.

Aglomerados globulares são aglomerações de estrelas muito antigas, mantidas juntas pela atração gravitacional mútua em forma esférica de 100 a 200 anos-luz de diâmetro.

As aglomerações estão entre as estruturas estelares mais antigas observadas no Universo, sendo relíquias dos primeiros tempos de formação de galáxias.

O aglomerado progenitor da corrente de Fênix teve um ciclo de vida bastante diferente dos aglomerados globulares que vemos hoje.

© Foto / James Josephides (Swinburne Astronomy Productions) and the S5 CollaborationÀ esquerda, uma representação artística do fino fluxo de estrelas arrancadas do aglomerado globular Fênix, envolvido em torno da Via Láctea. À direita, estrelas gigantes vermelhas escolhidas para medir composição química do aglomerado globular de Fênix
Gravidade da Via Láctea 'dilacerou' aglomerado estelar há 2 bilhões de anos, revelam cientistas - Sputnik Brasil
À esquerda, uma representação artística do fino fluxo de estrelas arrancadas do aglomerado globular Fênix, envolvido em torno da Via Láctea. À direita, estrelas gigantes vermelhas escolhidas para medir composição química do aglomerado globular de Fênix

"Os vestígios do aglomerado globular que compõe a corrente de Fênix foram rompidos há muitos bilhões de anos, mas felizmente retêm a memória de sua formação durante os primeiros estágios do Universo que conseguimos interpretar graças à composição química de suas estrelas", afirmou dr. Ting Li, astrônomo dos Observatórios do Instituto Carnegie para a Ciência, da Universidade de Princeton e do Instituto Kavli de Física Cosmológica da Universidade de Chicago.

© Foto / Geraint F. Lewis and the S5 collaborationRepresentação artística da corrente de Fênix
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Representação artística da corrente de Fênix
"Ficamos bastante surpresos ao revelar que a corrente de Fênix tinha uma metalicidade muito baixa, o que a torna muito diferente de todos os outros aglomerados globulares na galáxia", explicou Zhen Wan, principal autor do estudo e estudante de pós-doutorado da Universidade de Sydney, na Austrália, escreve portal Nature.

O fato de a corrente de Fênix ter pouca presença de elementos mais pesados que hidrogênio e hélio confirma as previsões teóricas de que a Via Láctea já abrigou uma população de aglomerados globulares extremamente pobres em metais.

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