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Cepal: Brasil deve sofrer 4ª maior queda de PIB da América Latina

© AFP 2023 / Fernando MarronVista aérea do Cemitério da Vila Formosa durante a pandemia do coronavírus, nos arredores de São Paulo, Brasil, em 20 de julho de 2020
Vista aérea do Cemitério da Vila Formosa durante a pandemia do coronavírus, nos arredores de São Paulo, Brasil, em 20 de julho de 2020 - Sputnik Brasil
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O Brasil deverá sofrer a quarta maior queda de Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina e Caribe em 2020, segundo estimativas divulgadas pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) nesta terça-feira (28).

O PIB brasileiro em 2020 deverá registrar uma queda de 9,2%. Uma queda mais forte, no entanto, é esperada na Argentina (-10,5%), Peru (-13%) e Venezuela (-26%). A menor queda será no Paraguai (-2,3%).

O PIB da região, como um todo, deve cair 9,1%. A previsão anterior, divulgada em abril, antecipava uma queda de 5,3% para este ano. O índice será quase o dobro da previsão para o mundo, que deve ficar em 5,2%.

A Cepal também estima um aumento do desemprego e da pobreza. A taxa de desocupação vai afetar 44 milhões de pessoas, correspondendo a 13,5% da região. A pobreza deve aumentar de 30,2% para 37,3% entre o ano passado e este. E a pobreza extrema deve crescer de 11% para 15,5% no mesmo período.

No Brasil, a previsão da Cepal é de que o contingente de pessoas na pobreza suba de 19,2% para 26,9%, e o da pobreza extrema de 14,3% para 16,8%. O incremento na faixa da pobreza deverá ser o terceiro da região, atrás apenas de Peru (9,3%) e Argentina (10,8%).

"Evidencia-se a vulnerabilidade de 80% da população, com forte deterioração dos estratos médios. Mais de 33 milhões de pessoas que estavam na classe média iriam para classes mais baixas", afirmou no estudo Alícia Bárcena, secretária executiva da Cepal, citada pela Agência Brasil.

Para reagir a esse cenário de crise na região, a Cepal apresentou uma série de medidas. A secretária executiva defendeu políticas econômicas "expansivas" e "sustentadas no tempo".

A Cepal defende uma renda básica de emergência, que deve ser sustentada pelos próximos meses. Além disso, a entidade argumenta que os governos deveriam conceder um outro auxílio contra a fome para toda a população em extrema pobreza. Embora essas ações sejam pontuais, a Cepal entende que essas políticas sociais devem caminhar para ser universalizadas pelos governos.

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