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América Latina e Caribe registram 8 novos bilionários durante pandemia de COVID-19

© Folhapress / Eduardo KnappDesigualdade social: vista da favela de Paraisópolis, ao lado de um dos bairros mais ricos de São Paulo, o Morumbi
Desigualdade social: vista da favela de Paraisópolis, ao lado de um dos bairros mais ricos de São Paulo, o Morumbi - Sputnik Brasil
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Mesmo com o crescente desemprego, um novo bilionário surgiu na América Latina e Caribe a cada duas semanas desde o início das medidas de isolamento social, mostra pesquisa da Oxfam divulgada nesta segunda-feira (27).

Ao mesmo tempo que estes novos ultra-ricos surgiram, a estimativa é que a crise econômica desencadeada pela pandemia de coronavírus tire o emprego de até 40 milhões de pessoas até o final do ano em toda a região.

"A riqueza dessa elite de super milionários da região cresceu 17% desde meados de março: US$ 48,2 bilhões (cerca de R$ 249 bilhões) , que equivalem a 38% do total dos pacotes de estímulo que o conjunto de governos implementou e a nove vezes a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) com empréstimos de urgência à região até o presente momento", afirma a organização na pesquisa.

Para que a crise seja superada, a Oxfam sugere o aumento dos impostos cobrados sobre grandes fortunas e indica que apenas três países da região têm um imposto sobre patrimônio: Argentina, Colômbia e Uruguai. Este cenário faz com que "no melhor dos casos" seja arrecadado um total de US$ 281 milhões (R$ 1,45 bilhão) dos bilionários da região.

"Se fosse aplicado um imposto extraordinário sobre as grandes fortunas, com caráter progressivo, entre 2% e 3,5% em cada país, sobre os patrimônios acima de US$ 1 milhão (R$ 5,16 milhões), seria possível arrecadar até US$ 14,26 bilhões (R$ 73,6 bilhões), 50 vezes mais", diz a Oxfam. "Enquanto milhares de micros, pequenas e médias empresas estão fechando as portas, os ganhos de grandes corporações como Microsoft, Visa ou a farmacêutica Pfizer cresceram entre 30% e 50% desde o início do ano."

Antes mesmo do início da pandemia, o Brasil já registrava 40 milhões de trabalhadores informais e 11,9 milhões de desempregados. Agora, o número de desempregados no país pode chegar a 16 milhões de trabalhadores.

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