Casa Branca nega que Trump foi informado sobre suposto pedido russo para talibãs atacarem americanos

© AP Photo / Steve RuarkCerimônia de transporte do caixão de um militar norte-americano morto no Afeganistão, em 14 de fevereiro de 2020
Cerimônia de transporte do caixão de um militar norte-americano morto no Afeganistão, em 14 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil
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A Casa Branca negou neste sábado (27) que o presidente estadunidense, Donald Trump, tenha sido informado do suposto pedido da Rússia para talibãs atacarem norte-americanos em troca de recompensa. 

Segundo reportagem do jornal The New York Times publicada na sexta-feira (26), que cita fontes anônimas de serviços de inteligência dos Estados Unidos, a inteligência militar russa teria oferecido a terroristas do movimento Talibã (proibido na Rússia e em vários outros países) recompensa para os militantes atacarem soldados norte-americanos no Afeganistão.

De acordo com a matéria, Trump teria sido avisado do ocorrido em março, mas não tinha decidido como reagir ao fato. O presidente dos EUA pretende retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão e encerrar a guerra no país, iniciada em 2001. 

No entanto, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, desmentiu neste sábado (27) as informações do jornal, afirmando que "nem o presidente nem o vice-presidente foram informados da suposta inteligência de recompensa russa". 

Talibã também desmente informação

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, também negou neste sábado (27) a informação. Segundo ele, o objetivo de notícias como essas é criar obstáculos para a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão. O porta-voz ressaltou que as atividades do grupo não são ligadas a nenhum serviço de inteligência de país estrangeiro. 

A embaixada da Rússia em Washington, por sua vez, classificou a reportagem como fake news e exigiu que as autoridades dos EUA reagissem às ameaças recebidas por diplomatas russos por causa da publicação da matéria. 

​Após os atentados de 11 de setembro, Washington alegou que os talibãs escondiam terroristas do grupo Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) que cometeram os ataques. Posteriormente, o governo do Talibã foi deposto e substituído por políticos leais aos EUA. Em seguida, o grupo entrou em confronto armado com o novo governo. 

Em fevereiro de 2020, os EUA e o Talibã assinaram a primeira trégua em 18 anos. O documento prevê a retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão em 14 meses.

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