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Vacina contra COVID-19 deve sair até fim deste ano ou início de 2021, diz infectologista

© Foto / Marcello Casal Jr/Agência BrasilVacina
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No último final de semana foram iniciados os testes em voluntários brasileiros da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra a COVID-19.

Os testes serão realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em dois mil profissionais da saúde em São Paulo e com mil no Rio de Janeiro.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o médico infectologista Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, explicou que a escolha de profissionais da saúde como voluntários se deve ao fato deles estarem mais expostos à doença.

"Como os profissionais de saúde estão à frente do combate à doença, eles têm mais chance de se infectarem e esse estudo será feito exatamente com essas pessoas porque trarão resultados mais rápidos", explicou.

Estevão Urbano comentou que se espera que tenhamos uma vacina contra COVID-19 até o final deste ano.

"Em relação à expectativa a um produto vacinal, independente que seja a vacina de Oxford ou outras, no sentido de quando eles estarão disponíveis e como eles serão distribuídos em todo o globo, existe alguma expectativa de que talvez ainda antes do fim desse ano nós pudéssemos ter uma vacina já disponível, embora isso ainda seja incerto", disse.

Segundo ele, é mais provável que o produto esteja disponível no fim deste ano ou nos primeiros meses de 2021.

"Eu acredito que é possível que nós tenhamos essa vacina no final do ano ou então nos primeiros seis meses do próximo ano", afirmou.

O infectologista lembra que, mesmo com resultados positivos, será necessário um grande esforço internacional para que a vacina chegue aos países mais afetados pela pandemia.

"Nós estamos ainda aprendendo com as vacinas que já estão sendo testadas, depois se os resultados forem recompensadores existirá a necessidade de se fazer bilhões de doses e necessitará de um esforço internacional para que principalmente aqueles países em franca pandemia possam ter prioridade", comentou.

Bueno explica que geralmente a produção de vacinas tem uma média de testes de três a cinco anos, mas no caso da COVID-19 as pesquisas estão sendo feitas em tempo recorde.

"Devido à necessidade e à urgência, esse grande esforço econômico e também de recursos humanos para fabricação dessa nova vacina poderá fazer com que nós tenhamos um período recorde. Quem sabe desde o início das pesquisas até o seu lançamento tenha mais ou menos um ano de duração. O que seria muito mais rápido do que é normalmente encontrado nas vacinas que já estão disponíveis no mercado para outras doenças", completou.

O financiamento dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford está sendo feito pela Fundação Lemann.

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