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'Politizaram a pandemia': OMS alerta que crise da COVID-19 segue em aceleração

© REUTERS / Ricardo MoraesCariocas vão à praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia da COVID-19
Cariocas vão à praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, em meio à pandemia da COVID-19 - Sputnik Brasil
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou um alerta nesta segunda-feira (22) sobre os perigos do novo coronavírus, mesmo com países como a França flexibilizando as restrições, e outros já temendo uma segunda onda para muito breve.

Apesar de vários países europeus reduzirem ainda mais suas restrições de distanciamento social, os casos em todo o mundo estão aumentando, especialmente na América Latina, com o Brasil registrando agora mais de 50 mil mortes.

Também há temores de uma segunda onda com os australianos sendo advertidos contra viajar para Melbourne, a segunda maior cidade do país.

"A pandemia ainda está se acelerando", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao fórum virtual de saúde organizado a partir de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

"Sabemos que a pandemia é muito mais que uma crise de saúde, é uma crise econômica, uma crise social e, em muitos países, uma crise política. Seus efeitos serão sentidos nas próximas décadas", acrescentou.

Ghebreyesus explicou que a maior ameaça que o mundo enfrenta não é o próprio vírus, que já matou mais de 465 mil pessoas e infectou quase nove milhões em todo o mundo, mas "a falta de solidariedade global e liderança global".

"Não podemos derrotar essa pandemia com um mundo dividido", destacou. "A politização da pandemia a exacerbou".

O Brasil se enquadra nesta categoria, com o presidente Jair Bolsonaro comparando o vírus a uma "gripezinha" e argumentando que o impacto econômico do distanciamento social costuma ser pior do que o próprio vírus.

O Brasil é o segundo país mais afetado, atrás dos Estados Unidos, outro país onde lutas políticas impediram uma política unificada para lidar com o vírus em seus 50 estados.

A disseminação da COVID-19 está acelerando na América Latina, com o México, o Peru e o Chile também sendo atingidos com força, com o número de mortos aumentando e as unidades de saúde sendo levadas ao colapso.

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