Um mal nunca vem só: COVID-19 torna pacientes mais vulneráveis a outras doenças, avisa acadêmica

© REUTERS / Steve ParsonsPaciente faz teste de ultrassom em uma unidade de terapia intensiva
Paciente faz teste de ultrassom em uma unidade de terapia intensiva - Sputnik Brasil
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Uma especialista em saúde do Reino Unido chamou atenção para o fato de os infectados pelo novo coronavírus sofrerem mais de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.

Pacientes que se infectam com COVID-19 estão mais expostos a doenças sanguíneas potencialmente fatais, afirmou a professora Beverley Hunt, especialista britânica em trombose no Dia Mundial da Trombose, de acordo com Express.

A acadêmica contou ter visto em primeira mão como doentes em cuidados críticos no Reino Unido desenvolveram trombose sanguínea devido à inflamação dos pulmões.

"Estamos vendo taxas mais altas de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais porque o sangue é tão viscoso. Sabemos que se as pessoas têm essas infecções, elas têm taxas mais altas de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais mais tarde, e parte disso é devido ao coronavírus."

Em particular, Hunt referiu o risco das mulheres grávidas, cujo sangue se torna mais "viscoso" durante a gravidez. O mesmo acontece com pessoas em terapia de reposição hormonal, as que tomam a pílula contraceptiva oral combinada, as que se submeteram a uma operação, as que apresentam excesso de peso, e por aí vai.

"Qualquer pessoa que entra no hospital com alguma doença tem sangue mais viscoso que o normal", explica.

Falta de atenção

Beverley Hunt criticou o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) da Inglaterra por considerar a pesquisa sobre pacientes desenvolvedores de trombose de "baixa prioridade".

"Não acho que as pessoas que tomam as decisões sobre a pesquisa estejam vendo os casos."

"Tem sido muito frustrante porque temos escrito protocolos de pesquisa e queremos fazer pesquisa, mas por causa da forma como a comunidade de pesquisa está no momento, se queremos que alguma pesquisa vá adiante, ela tem que passar pela Saúde Pública da Inglaterra. Ela tem que ser vista pelo diretor médico, e eles decidiram que a pesquisa em trombose era de prioridade baixa", lamentou.

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