- Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Diretora da OPAS defende missão dos médicos cubanos no Brasil ante críticas dos EUA

© AP Photo / Desmond BoylanMédicos cubanos se reúnem para um encontro com Miguel Díaz-Canel em Havana
Médicos cubanos se reúnem para um encontro com Miguel Díaz-Canel em Havana - Sputnik Brasil
Nos siga no
Carissa Etienne referiu que os profissionais da saúde de Cuba cuidaram de 60 milhões de brasileiros desde o governo Dilma. O programa foi interrompido em 2018.

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, defendeu o envio de médicos cubanos ao Brasil para ajudar as pessoas que precisam de cuidados de saúde, prometendo abordar todas as preocupações dos EUA sobre o assunto.

"O Brasil procurou médicos de vários países do mundo, incluindo Cuba; durante todo o programa, a OPAS manteve os Estados-membros informados em apresentações regulares aos seus órgãos dirigentes. Nosso papel também foi sujeito a supervisão significativa e auditorias regulares que estão disponíveis para os Estados-membros, incluindo os Estados Unidos", disse Etienne.

Etienne fez as declarações depois que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, exigiu que a OPAS explicasse seu papel como intermediário na transferência de médicos cubanos, que ele descreveu como "trabalho forçado" em benefício do governo de Havana.

A diretora da OPAS referiu que o compromisso da organização com o programa Mais Médicos começou em 2012, a pedido do Brasil.

"O programa Mais Médicos prestou cuidados primários de saúde a mais de 60 milhões de brasileiros, especialmente aqueles em áreas remotas", comentou Etienne.

A OPAS continua empenhada em "atender a todas as preocupações do governo dos Estados Unidos a fim de fortalecer a organização e manter o alto nível de confiança daquele país e de todos os Estados-membros", acrescentou.

Médicos cubanos no Brasil

Atualmente, mais de 1.800 médicos cubanos permanecem no Brasil depois que os governos de Michel Temer e Havana decidiram em novembro de 2018 não renovar o programa social Mais Médicos, implementado em 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016).

© AP Photo / Eraldo PeresMédicas cubanas seguram bandeiras do Brasil e de Cuba no aeroporto de Brasília antes de voltarem para seu país de origem, em 22 de novembro de 2018.
Diretora da OPAS defende missão dos médicos cubanos no Brasil ante críticas dos EUA - Sputnik Brasil
Médicas cubanas seguram bandeiras do Brasil e de Cuba no aeroporto de Brasília antes de voltarem para seu país de origem, em 22 de novembro de 2018.

A maioria desses profissionais reside legalmente no Brasil, mas por estarem fora do programa social eles não podem exercer o cargo de médicos, e estão desempregados ou subsistindo por trabalhar em restaurantes, bares, comércio informal etc.

Em março, o Ministério da Saúde do Brasil lançou um aviso público para que "médicos de intercâmbio, originalmente da cooperação internacional" fossem reincorporados ao projeto Mais Médicos. No entanto, os cubanos afirmam que a maioria deles atende aos requisitos e não foram chamados.

O estado do Pará e o município de Campinas do estado de São Paulo optaram por não esperar a decisão do governo federal e contrataram 86 e oito médicos cubanos, respectivamente.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала