Em conflito com China, navios de guerra do EUA podem não ser alvos prioritários, diz ex-almirante

© REUTERS / Danny Kelley/Cortesia da Marinha dos EUADestróier USS Wayne E. Meyer, da classe Arleigh Burke, no mar do Sul da China (foto de arquivo)
Destróier USS Wayne E. Meyer, da classe Arleigh Burke, no mar do Sul da China (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Os EUA enviaram recentemente mais navios de guerra para o Pacífico Ocidental tendo em conta a contínua tensão na região entre Washington e Pequim.

As recentes missões no Pacífico, no mar do Sul da China e no estreito de Taiwan, denominadas pelas autoridades dos EUA de operações de liberdade de navegação, têm como objetivo conter as forças chinesas e proporcionar apoio aos aliados na região, avança a edição Business Insider.

No entanto, em caso de um conflito com a China, os navios de guerra norte-americanos não serão os únicos, nem mesmo os primeiros a ser alvejados, porque Pequim irá tentar eliminar o apoio logístico do qual os militares dos EUA dependem, de acordo com o ex-almirante da Marinha Gary Roughhead.

"Nós nos esquecemos da logística, mas foi graças a ela que o país [os EUA] ganhou guerras", disse nesta quinta-feira (4) Roughhead que foi chefe de operações navais desde 2007 até sua aposentadoria em 2011.

"Vou partilhar uma troca de palavras que tive com um almirante chinês durante o tempo em que eu estava no serviço. Ele deixou muito claro que as nossas embarcações de logística eram o alvo prioritário, já que, se for possível eliminar a logística, será possível privar os navios de combate da força vital", comentou o ex-almirante da Marinha dos EUA.
© REUTERS / StringerPorta-aviões Liaoning da China com a frota que o acompanha durante simulação em uma área do mar do Sul da China (imagem de arquivo)
Em conflito com China, navios de guerra do EUA podem não ser alvos prioritários, diz ex-almirante - Sputnik Brasil
Porta-aviões Liaoning da China com a frota que o acompanha durante simulação em uma área do mar do Sul da China (imagem de arquivo)

À medida que os militares dos EUA reorientam suas forças para a "competição entre grandes potências" como a Rússia e a China, a sua capacidade de sustentar operações militares em um conflito tem ganho nova atenção, especialmente na região do Pacífico, onde o enorme oceano e ilhas remotas dificultariam o reabastecimento e envio de reforços.

"As distâncias de que estamos falando no Pacífico são enormes comparando com as que estamos habituados", acrescentou Roughhead.

"Os militares têm sido capazes de executar missões no Oriente Médio sem medo em relação à logística, temos estado perto dos portos, tem havido um bom fluxo nas rotas marítimas, mas temos que repensar isso", sublinhou o ex-almirante.

A questão do reabastecimento vai muito além de alimentos, combustível e correio. Os navios de guerra dos EUA não podem se rearmar com mísseis no mar e teriam que voltar aos portos para se abastecer.

Mas o crescente arsenal de mísseis da China pode agora atingir a primeira fileira de ilhas onde muitas das bases dos EUA estão localizadas, que incluem as Filipinas, Taiwan, e a ilha japonesa de Okinawa.

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