Cientistas descobrem que COVID-19 pode infectar e se multiplicar em células do coração

© AP Photo / NIAID-RMLImagem do SARS-CoV-2 dado por um microscópio eletrônico
Imagem do SARS-CoV-2 dado por um microscópio eletrônico - Sputnik Brasil
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Novo estudo realizado por biólogos e virologistas da Alemanha confirmou que o novo coronavírus pode penetrar nas células do coração, se multiplicando nelas e provocando o mau funcionamento do órgão.

Já são bem conhecidas as consequências negativas do SARS-CoV-2 no coração dos pacientes. No entanto, os cientistas estavam interessados em saber concretamente como o vírus afeta o seu funcionamento – infetando diretamente as células do músculo cardíaco ou causando inflamação e outras complicações no organismo capazes de afetar os tecidos e o batimento do coração.

Pesquisadores alemães liderados pela professora Stephanie Dimmeler, da Universidade de Frankfurt, analisaram as duas possibilidades usando amostras de tecido cardíaco humano cultivado em laboratório e infectando as células com duas estirpes diferentes do vírus.

Durante a pesquisa, a equipe médica provou que o novo coronavírus pode se reproduzir em cardiomiócitos ( fibra muscular cardíaca) apesar de que estas células praticamente não produzem a enzima TMPRSS2, necessária para o coronavírus "se fixar" nelas.

CC BY 2.0 / NIAID / Micrografia eletrônica digitalmente colorida de uma célula apoptótica (verde) infectada com partículas do vírus SARS-CoV-2 (amarelo)
Cientistas descobrem que COVID-19 pode infectar e se multiplicar em células do coração - Sputnik Brasil
Micrografia eletrônica digitalmente colorida de uma célula apoptótica (verde) infectada com partículas do vírus SARS-CoV-2 (amarelo)

Em vez desta enzima, o vírus usa outro tipo de biomoléculas das células cardíacas, ainda não determinadas pelos cientistas. Durante o teste, ambas as estirpes do vírus conseguiram penetrar nos três grupos de células cardíacas, causando o mau funcionamento do coração.

Pesquisadores chegaram a conclusão que o SARS-CoV-2 danifica diretamente o tecido cardíaco, o que deve ser considerado tanto durante o tratamento dos pacientes com COVID-19, como na análise das possíveis consequências a longo prazo do alastramento do vírus na população.

O estudo dos cientistas aguarda ainda a revisão científica, tendo sido publicado no portal de biologia bioRxiv.

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