Revelado mistério das gigantescas 'bolhas' espaciais no centro da Via Láctea

© Foto / NASA GoddardEstruturas gigantes encontradas pelo telescópio gama Fermi
Estruturas gigantes encontradas pelo telescópio gama Fermi - Sputnik Brasil
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Cientistas descobriram as Bolhas Fermi em 2010 e têm teorizado a razão do fenômeno existente no centro de nossa galáxia. Segundo um estudo recente, sua origem estaria em um buraco negro supermassivo.

As gigantescas "bolhas" da Via Láctea se formaram provavelmente há apenas seis milhões de anos, de acordo com um novo estudo publicado em 14 de maio na revista Astrophysical Journal pelos pesquisadores Ruiyu Zhang e Fulai Guo.

Os cientistas teorizam que as "bolhas" poderiam ter se formado ao longo de um milhão de anos, a partir de um buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia.

A pesquisa oferece uma explicação para as origens de um fenômeno peculiar localizado perto do centro da Via Láctea, conhecido como Bolhas Fermi, que foram originalmente detectadas em 2010.

As "bolhas" em questão são um par de esferas maciças de gás, raios cósmicos e poeira que se estendem acima e abaixo do plano galáctico por cerca de 25.000 anos-luz de cada lado, só sendo visíveis em "luz de raios gama de alta energia", como aponta o portal científico Live Science.

Embora a origem dessas esferas permaneça pouco clara neste momento, os autores do estudo sugerem que elas são produto do que o portal descreve como uma "série de cinturões de buracos negros", que começou há cerca de seis milhões de anos.

Através de simulações de computador, os cientistas argumentam que as "bolhas" podem ter se formado devido a uma onda de choque maciça que, por sua vez, pode ter ocorrido quando dois jatos de matéria ionizada foram emitidos pelo Sagitário (Sgr) A*, um buraco negro supermassivo localizado no centro da nossa galáxia.

"É gerado um choque frontal assim que o jato perfura o gás halo local", afirma o estudo. "[Após] um milhão de anos, o jato se desliga [...] Após [cinco milhões de anos], a bolha se expande até seu tamanho atual, conforme observado".

Todo o processo teria durado cerca de um milhão de anos, observam os cientistas, acrescentando que sua hipótese pode ajudar a explicar a natureza de certas outras características do centro da Via Láctea.

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