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Guedes defende retomada gradual da atividade econômica e continuidade das reformas

© REUTERS / Adriano Machado Ministro da Economia, Paulo Guedes, usa máscara protetora, ao lado do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em Brasília, 7 de maio de 2020
Ministro da Economia, Paulo Guedes, usa máscara protetora, ao lado do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em Brasília, 7 de maio de 2020 - Sputnik Brasil
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o país deve sair da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus em dois estágios: retorno seguro ao trabalho e dando seguimento à agenda de reformas.

Paulo Guedes participou nesta sexta-feira (29) em um debate, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Depois da "onda" na área de saúde, segundo o político, o país precisará enfrentar a "onda econômica", informou Agência Brasil.

Guedes revelou que, em uma reunião realizada na quinta-feira (28) com integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Economia e da Saúde, foram analisados protocolos de retorno ao trabalho adotados no mundo. Embora os protocolos ainda estejam em estudo, Guedes defendeu que o retorno seguro ao trabalho seja feito de maneiras diferentes, quando a saúde permitir.

"Imagino que o retorno ao trabalho será segmentado. Não vai ser todo mundo ao mesmo tempo. Será por unidades geográficas. Há regiões onde o índice de contágio está sendo menor. Nas regiões com maior densidade demográfica, o risco de contágio é maior. Então tudo isso vai ser exatamente examinado daqui para frente. Todo mundo já está examinando e analisando esses relatórios para um retorno seguro ao trabalho ali à frente, quando a saúde permitir e der o sinal que está na hora de avançar", disse Guedes.

O ministro afirmou que os indicadores no início do ano inspiravam confiança na recuperação da economia brasileira. Na visão do Guedes, o Brasil começava a andar, quando foi atingido pela pandemia do novo coronavírus.

"Hoje saiu um dado do PIB mostrando recuo. Vou pedir para desagregar para vermos se realmente nos primeiros dois meses já estávamos decolando e no terceiro mês a crise pegou e nos derrubou, ou se realmente já estávamos em um estado meio anêmico. A impressão que eu tinha com as exportações 6% acima do ano passado, investimentos diretos acima do ano passado, impostos no primeiro bimestre 20% acima as indicações, eram de que estávamos começando a andar", disse o ministro.

Guedes disse que com o retorno seguro ao trabalho, o Brasil vai surpreender o mundo, pois está entregando reformas e que o início da transformação do estado brasileiro está em andamento.

"Estamos aprendendo todos juntos. A democracia brasileira é barulhenta, mas está fazendo um aperfeiçoamento das instituições. E vamos surpreender o mundo, tenho certeza e convicção disso, porque não estamos só enfrentando o problema da saúde. Estamos também fazendo as reformas", destacou Guedes.

Guedes lembrou que estão para serem aprovadas as legislações para o saneamento, o gás natural, a mudança no regime de partilha para as concessões de petróleo, a logística e o transporte de cabotagem. E elogiou a atuação do Congresso Nacional.

"O Congresso brasileiro está em isolamento social, mas em plena operação. Aprovando primeiro as medidas de emergência. Tínhamos reformas estruturantes para fazer e estamos fazendo, atingidos pela pandemia. Imediatamente disparamos as medidas emergenciais, e agora, embora em distanciamento social, vamos aprofundar as reformas. Vamos destravar os investimentos. Teremos o retorno seguro ao trabalho lá para frente, nos próximos meses, e a retomada dos investimentos e dos empregos", concluiu o ministro.
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