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Protocolo de uso da cloroquina deve ser 'revisto', diz Nelson Teich

© Folhapress / Pedro LadeiraMinistro da Saúde, Nelson Teich, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, 30 de abril de 2020, Brasília, Brasil (foto do arquivo)
Ministro da Saúde, Nelson Teich, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, 30 de abril de 2020, Brasília, Brasil (foto do arquivo) - Sputnik Brasil
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Nelson Teich, ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, admitiu que debate sobre cloroquina teve "peso" em sua saída do cargo e afirmou que protocolo sobre uso da substância deve ser "revisto". 

"É óbvio que a opção por antecipar o uso teve peso, porque é uma escolha. O presidente achava melhor antecipar, e eu achava que não. Houve uma divergência. Como a gente não tem um dado efetivo... Se o Conselho autoriza, por que eu não posso autorizar? Por que você não pode autorizar, entendeu? As instituições têm de se posicionar forte. Não dá para delegar isso para o médico, a situação é muito intensa e complexa", disse em entrevista para o canal GloboNews. 

Pouco após Teich deixar a pasta, o Ministério da Saúde divulgou um novo protocolo sobre o uso da substância, autorizando sua utilização na rede pública em pacientes com sintomas leves da COVID-19. O Conselho Federal de Medicina também liberou o uso do medicamento, embora não tenha recomendado sua utilização. 

Teich, no entanto, disse que essa medida pode mudar: "Eu acredito que [o protocolo da cloroquina] vai ser revisto."

Durante a entrevista, Teich procurou não criticar o presidente Jair Bolsonaro, com quem disse ter tido um diálogo aberto. Sobre seu pedido de demissão, afirmou que foi "confortável". 

'Não vou entrar em discussão contra o presidente'

"O presidente é a pessoa escolhida, votada, é o representante, ele me colocou lá. Se eu escolho o caminho diferente do dele, quem tem de sair sou eu", afirmou o médico oncologista. 

Em outro momento, disse que será o "povo" que "vai dizer o que" acha do presidente, mas ele não iria julgá-lo. 

"Não vou entrar em discussão contra o presidente, não vai ser uma disputa Teich e Bolsonaro. Vou te dizer o que eu fiz, e que nunca teve interferência do presidente", afirmou. 

Ele também comparou os recursos disponíveis nos Estados Unidos e no Brasil, argumentando que "o dinheiro da saúde é muito pouco para ser gasto em coisas que não funcionam". 

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