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Armínio Fraga, ex-presidente do BC, diz que não é momento de abrir economia no Brasil

© Folhapress / Futura PressCentro histórico de São Luís, no Maranhão, vazio devido ao lockdown decretado em função do coronavírus
Centro histórico de São Luís, no Maranhão, vazio devido ao lockdown decretado em função do coronavírus - Sputnik Brasil
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O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, expoente do pensamento liberal no Brasil, disse que ainda não é o momento de abrir a economia no país. 

Em entrevista para o jornal O Globo, Fraga afirmou, por outro lado, que "está na hora" sim de planejar como será feita a retomada das atividades econômicas. 

"Esse assunto está sendo debatido pelo mundo afora. No que diz respeito ao Brasil, está na hora de planejar, não está na hora de fazer. As curvas aqui ainda não se inverteram, as tendências parecem ser de queda do fator R [pessoas infectadas por cada um que está com o vírus], mas a nossa trajetória é bem diferente da dos países que hoje já estão começando a se mexer", disse. 

Segundo ele, que comandou o BC de 1999 a 2003, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, é preciso de mais "segurança" para começar a flexibilizar as regras de isolamento impostas para conter a disseminação do coronavírus. 

"[Outros países] chegaram a um pico há mais ou menos um mês, e depois o número de casos e de óbitos veio caindo em inclinações diferentes, mas veio caindo. Nós vamos precisar ter mais segurança", avaliou. 

'Começa de cima a dificuldade'

Sobre o processo de abertura, disse que o Brasil deve repetir o que deu certo em outras nações, mas opinou que falta planejamento do governo federal. 

"Do ponto de vista de planejamento, ter uma abordagem o mais ampla possível, ou seja, tudo que foi feito pelo mundo afora, e que deu certo, nós temos de tentar fazer aqui. Tudo. Começa de cima a dificuldade de ter uma orientação geral, nacional, que nós não temos. Já começam a partir daí as dificuldades", disse. 

Ao mesmo tempo, elogiou medidas adotadas pelo governo para auxiliar a população diante da crise na economia. 

"Acho que foi feito o que tinha de ser feito, é inquestionável, mas os recursos não são infinitos", afirmou.

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